Vendo e ouvindo as mazelas absolutamente naturais que ocorrem nos demais países deste mundo de meu Deus, penso no quanto, nós brasileiros somos um povinho ingrato, inconsequente e abusadamente imbecil.
Já que generosamente o nosso pedaço de continente é mais que tranquilo, afinal, onde estão os terremotos, maremotos, vulcões, tsunamis ou qualquer outro movimento sísmico?
Mas aí, se não temos misérias, vamos providenciar, não é mesmo?
Não fizemos outra coisa a não ser crescermos populacionalmente, sem qualquer planejamento e nos instalamos, menos ainda, afinal, qualquer puxadinho em qualquer encosta ou manguezal nos cabe com as bênçãos de um sistema político inconsequente, corrupto e sem qualquer noção de valores pátrios e territorial.
Entupimos bueiros (quando existem), fazemos dos rios e dos mares, nossas latas de lixo, transformamos nossas matas em carvão e aí, nos condoemos com as previsíveis tragédias e ainda, fingimos acreditar que os governos algo farão para de forma definitiva, no mínimo coibirem tantos despropósitos.
Sim, porque se quiserem, podem e possuem recursos de todas as ordens para fazê-lo, mas a quem isso de verdade interessaria?
Ao povo?
Fala sério...
O que os políticos farão para sobreviverem em seus postos de poderes, se acabarem com as misérias de todas as ordens, que afinal, são a garantia de suas sobrevivências como autoridades, todavia, descobriram que como os fogos de artifícios que encantam e convencem por instantes de que a vida é um punhado de estrelinhas caindo céu, nas campanhas eleitorais e no primeiro momento após serem eleitos e próximo de uma reeleição usam e abusam do “estou fazendo”.
Entre um tempo e outro, a carniça do erário público é fatiada entre eles, enquanto o “miserê” se fraciona entre uma calamidade e outra.
E o povo vai aceitando entre tapas e beijos e bandas da moda, nas filas de qualquer necessidade de sobrevivência, um salário mínimo vergonhoso, um abandono generalizado, frente aos aumentos generosos, oferecidos as castas mais que agraciadas por um sistema cruel, gerido por psicopatas.
É tudo tão surreal que somente mentes brilhantemente esquerdistas como as dos ilustres pensadores sociológicos tupiniquins de renome internacional, são capazes de explicar o inexplicável, através de seus constantes livros e palestras que lhes rendem notoriedade e muito Dindin.
E aí, começa-se a transposição do São Francisco a peso de ouro, abandona-se sem um motivo razoável, depois, novamente recomeça-se a obra e quando, está quase pronta, fecha-se, porque alguma mente incrivelmente criativa, convence que uma cisterna em cada residência é mais viável.
Aonde estavam estes sabichões, os Direitos Humanos, os defensores do povo excluído em cada situação vexatória onde a miséria humana foi exposta por todo o tempo.
Onde estava a equipe investigativa da Rede Globo que não usou 24 horas por dia para denunciar um genocídio real e palpável dos milhares de Índios Ianomâmis, pelo menos nos últimos quatro anos, seriam eles menos importantes que as merda faladas pelo então, presidente?
Falar sério, pra quê, pra quem?!
Afinal, estamos numa DEMOCRACIA, mas por favor, não pensem, pois, nela, pensar é crime capital...
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