sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

MEUS AMANHECERES

Hoje, neste amanhecer meio que acinzentado, ouvir As Time Goes by do filme Casablanca, foi um achado para eu permanecer mergulhada nas lembranças deliciosas e impactantes que fizeram de mim o que sempre fui.

Tantas décadas, tantos amanheceres e cá estou leve, sorrindo, apenas lamentando que muitos dos coadjuvantes desta minha peça de vida, já não mais nesta vida se encontram para que eu possa ao lembrar-me deles e de nossas representações, poder-lhes dizer mais uma vez que o tempo passou, mas que ainda assim, eu os amo e que foi muito bom estar dividindo a cena de uma época de minha vida com eles.


Como uma observadora contumaz, fico feliz que mesmo que as tradições e valores, tenham sido alteradas e algumas aparentemente destruídas, nem tudo está perdido, afinal, o amor por mais que esteja distorcido, ainda permanece resistente e os desejos que povoam as emoções juvenis, ainda em sua maioria, estão presentes, mesmo que disfarçados em modernismos estéticos.

Afinal, enquanto uma jovenzinha sonhar com o primeiro beijo e o rapazinho temer a primeira transa, haverá a esperança de ressurgir o bendito romantismo, que coroou a minha puberdade de luz.

Este texto dedico ao meu primeiro namorado, cujo nome não posso citar por se tratar de uma pessoa pública, mas que até o meu último suspiro terá sido o meu primeiro e inesquecível amor, trazendo para a minha vida, o toque da delicadeza, da doçura ingênua que fez despertar o melhor de minhas emoções, dando-me o referencial para que eu pudesse saber escolher dali em diante, minhas parcerias amorosas.

Ao meu sempre amado Jeff, toda a minha gratidão.

Penso que não devemos economizar gratidão e dizer a todos que caminharam conosco, o quanto foi bom estar com eles, afinal, só os vivos são capazes de sentir a atenção do nosso bem querer.

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