sábado, 4 de fevereiro de 2023

O ETERNO QUE HÁ DE FICAR...

E o sol depois de espantar a preguiça, deixou-se revelar na sua mais grandiosa luminosidade e eu, fascinada não canso de observar o brilho especial que ele generosamente oferece a cada metro quadrado deste meu paraíso particular, aonde não existe defeitos ou necessidades, somente a beleza que se mostra despudora aos meus olhos.

Amo minha casa, minhas plantas e meus frutos, aqui estando, não preciso de absolutamente mais nada, sentindo-me completa e com espaço suficiente para guardar cuidadosamente as infinitas lembranças de uma vida plena, onde tudo que quis, realizei, onde tudo que foi preciso, sofri, onde tudo que realmente me pertencia, recebi.


Neste instante, pauso o dedilhar deste meu fascínio que preciso deixar registrado e contemplo o brilhante sol como um farol a cegar-me, refletindo-se do para-brisa do carro, deixando raios de luzes como se faíscas fossem, atingirem a mangueira que apaixonada como eu, recebe em silêncio, num gozo que repassa a mim em vibrações que tento colocar em palavras, mas reconhecendo serem infinitamente medíocres para retratarem tamanha grandeza que nos proporciona.

Amo minha casa, meu abrigo, meu aconchego. Amo estar viva para desfrutar desta gostosura que Deus escolheu pra mim, neste pedaço de éden que meus olhos curiosos e meu espírito livre, buscou e encontrou.

E aí...o tudo mais é só o tudo mais que agrego seletivamente, porque serei sempre a Regininha, inquieta e buscadora das pérolas que sei existirem e algumas delas, só esperando serem descobertas por estes meus sentidos ágeis, que se acostumaram a identificarem sempre o especial. 

Enquanto, sorrindo como uma moleca, tomo banho no chuveirão, lembrando da menina que fui e das muitas idas à praia e que se banhava no quintal por sob o sol brilhante de Ipanema.

Pra mim o tempo não passa e até mesmo os estragos costumeiros, minha mente se recusa a enxergar, optando pelo bendito eterno que em mim, há de ficar.

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