Ontem pela manhã, sentada na varanda o espetáculo da natureza exibiu-se exclusivamente para mim, já que na plateia, só existia a Regininha para aplaudir.
Lá estava ela ornada com um figurino nas cores amarela e marrom e sem qualquer ruído que meus ouvidos pudessem captar, adentrou no palco, já bailando, captando toda a minha atenção, rodopiando o arbusto de variados verdes e salpicado de flores vermelhas, formando um quadro de leveza e incrível beleza.
Lembrei da música de Benito de Paula sobre as borboletas, que na realidade é um pedido de socorro em favor da natureza, há muito degradada e sequer lembrada nas suas infinitas formas de se apresentar a nós, pequenos, mas abusados humanos, incapazes de nela nos inspirarmos para criarmos em nossas vidas, personagens de roteiros encantadores e inesquecíveis, junto aos palcos de nossas representações pessoais...
Serei a última das românticas ou sou como as borboletas, apenas livre para voar?
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