terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

TREMENDA BOA VIDA!!!

Ouvindo esta seleção de lindas músicas e ao mesmo tempo, escrevendo e respondendo aos meus queridos e tão presentes amigos em meu cotidiano, penso que, muitos devem pensar que sou uma desocupada e eles, estão certíssimos, se a avaliação for feita, pelo fato de eu, amanhecer e adormecer escrevendo, por outro lado, e o resto?

Sim, porque existe um resto que na maioria do tempo, não há quem faça por mim e que vou realizando num encaixe tranquilo, onde o me sentir bem é a prioridade, afinal, descobri há muito tempo, que não vale a pena, ter pressa para absolutamente nada.


DIVIDINDO LEMBRANÇAS

Logo cedinho recebi uma mensagem de um amigo querido da minha faixa de idade, destilando através da saudade a beleza que foi a nossa juventude, tão rica de naturalidades e romantismos, restando apenas, as nossas memórias afetivas e as canções que sempre nos consolam, pelos arremedos que chamam de músicas que somos obrigados a ouvir, afinal, para onde se vire, lá estão elas, invadindo e ferindo ouvidos acostumados ao mel da qualidade.

Pois é meu amigo, dizem que estamos evoluindo, neste e em todos os demais aspectos, mas também cá tenho minhas dúvidas, afinal, que evolução é esta, que adoece e rouba aquela paz que usufruíamos em nossos redutos, onde a liberdade era o pátio de nossas existências?


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

SOL E CHUVA, CASAMENTO DA VIÚVA...

De onde estou posso apreciar a chuva caindo deliciosamente, refrescando um tiquinho este calor que tem sido abrasador, tanto que, até as flores estão desabrochando ainda timidamente, mas não menos lindas e eu, aos pouquinhos, passo a passo também, lá vou rebrotando de um luto pra lá de doloroso, mas também, tão abastecido de fluidos amorosos que, entre lágrimas de saudades, músicas embaladoras, pássaros e borboletas inspiradores e amigos dedicados que me é impossível, assim como os lírios, erguer-me em cores variadas para sentir, tanto o sol abrasador, quanto as chuvas refrescantes, num constante sugar de vida.

Enquanto escrevo ao som de uma bela música e do acompanhamento da chuva que banha o meu jardim, sinto o sol adentrar como sempre atrevidamente, iluminando o céu, criando um misto  gostoso de vida que sempre adorei admirar, desde a minha infância, quando aos 6/7 anos, da janela da casa de Teresópolis, gritei fascinada pela minha mãe, para que ela assistisse ao espetáculo que se descortinava diante de meus ingênuos olhinhos.

Era “o sol e a chuva num casamento de viúva”, como explicou minha mãe, numa época em que eu não sabia o que significava, ser viúva.

Hoje, eu entendo que entre as lágrimas da perda, comportas abertas pela dor, a bendita vida, oferece a luz do consolo de uma nova perspectiva de seguimento de vida. 

Como então, duvidar da existência de um Deus, capaz de tanta generosidade, que pensou até mesmo em consolar as dores da alma, ensinando com a vida, como estimular a própria vida que reside em cada um de nós.

Maravilha é viver, quando compreendemos que tudo e todos, possuem o seu devido tempo...



SOMBRAS DO ILUSÓRIO

Ainda no rastro do mito das cavernas de Platão a Jean-Paul Sartre (1905-1980)  que foi um dos maiores nomes do existencialismo francês, cá estou, mera mortal, tenaz fuçadora das reações humanas, frente as constantes imponderáveis ações ao apenas fato de se estar vivendo...

Ainda assim, sem as credenciais dos ilustres e as aprovações acadêmicas, enveredo na apreciação do empírico que sou capaz de perceber a minha volta, destacando os meritórios modelos que de alguma forma, são amostragens de um todo mais, geralmente, sem rostos e identidades, num anonimato cruel, mas capazes de explicarem simploriamente, mas de forma efetiva, as reações igualitárias que se alternam, tão somente, frente a conquista de algum tipo de poder e aí, se é contra ou a favor, geralmente, sem qualquer maior entendimento, apenas, como reação a um comando que lhe tenha conquistado o emocional, jamais permitindo a interferência racional que fatalmente, abriria as portas mentais para a lógica.

Daí, o bloqueio racional, possível de ser identificado nas relações do contra ou a favor, já que os diálogos são substituídos pelos confrontos, anulando qualquer possibilidade de aprendizado e amplitude de maiores conhecimentos, restringindo-se a apenas, garantirem a vitória argumentativa.

E assim, entre o A e o B, sempre estarão presentes, as sombras projetadas pelo ilusório.



RIO CAUDALOSO...

A internet como acontece em quase todos os domingos, simplesmente desaparece na parte da tarde e aí, neste paraíso perdido, ainda bem que posso contar com os meus adoráveis pássaros que generosos, revezam-se em cantorias diversificadas, mas todas, cuidadosamente escolhidas para tão somente, serem fundo melódico para os meus momentos criativos.

Neste domingo em especial, talvez por causa da chuvinha insistente e a felicidade em constatar que amanhã a minha cidade estará novamente retomando a sua paz e seu bucólico jeito de ser, a minha mente alegrou-se e como a persistente chuva, deixo molhar o meu campo de centeio mental, levando-me a escrever e a escrever numa compulsão deliciosa que me abastece de prazer, até porque, nesses momentos, minhas afinidades de alguma forma são alertadas e me enviam vibrações benditas que me inspiram, estimulando parcerias intelectuais, jogando por terra a distância, as diferenças cronológicas ou qualquer outra que o sistema bruto humano, insiste em impingir aos distraídos e atraídos pelas sombras das infinitas cavernas existenciais.

A filosofia é a paixão que faz circular o meu sangue, movendo-me e direcionando-me a mergulhos profundos, onde certamente encontro, tanto o Deus quanto o Diabo e com eles, posso identificar as sombras tenebrosas de culpas e castigos com as quais, eu e a humanidade nos flagelamos, porque afinal, só nós somos responsáveis por criarmos e alimentarmos os breus de nossas existências.

Fecho esse domingo absolutamente feliz por mais uma vez ter constatado o quanto é gratificante possuir, pássaros e pessoas cantando suavemente em minha vida, para que eu possa, tranquila, deixar fluir o caudaloso rio que abastece meu celeiro mental, irrigado de vida, amor e incrível liberdade...



A REALIDADE DAS CAVERNAS SISTÊMICAS

Existe um mito que não é da caverna, mas poderia perfeitamente ser, justamente por ter sido formada pela escuridão do entendimento da natureza humana que é diversificada, criativa e extremamente rica de conteúdos existenciais complementares que transcendem a formação bíblica dos pares para a procriação ou apenas união de sentimentos.

Se bem que em ambos os casos, creio possa haver a presença da luz da realidade que se consagra na constatação do possível, que fora composto e formatado no apenas, lúdico.

Afinal, não há nada mais improvável que o encaixe harmonioso de engrenagens diferenciadas em tudo por tudo, tão somente, tendo em comum o mundo das sombras de uma tradição que se desenha sempre de forma muito promissora, mas se bem percebida, deixa vácuos que na realidade, são sombras sobrepostas, mais parecendo constantes tentativas de fugas que se tatuam no foco da luminosidade, não natural da ilusão ótica.

Este texto está sendo escrito ao som de The More I See Youou seja: “Quanto mais eu te vejo”, cantado por Sarah Vaughan.

A música fala de um imenso amor insubstituível, que necessariamente, não está atrelado a qualquer modelo convencional e que muito menos se encontra na fuga desesperada da caverna de qualquer tipo de solidão.

Oh! Bendita mente humana que, quando libertada, singra nos horizontes, além do possível enxergado, para a incompreensão dos que apenas, desejam, mas com muitos medos que os impedem de simplesmente, arriscarem  e , quando o fazem, culpam-se, voltando ao mundo das apenas, ideias...

Maldita deve ser a solidão das figuras que marcham sistematicamente, sem maior direção, se não, a repetitividade da constante insatisfação.



domingo, 26 de fevereiro de 2023

Sóis de nossas vidas...

Começo este domingo chuvoso, ouvindo músicas suaves e românticas como eu, afinal, uma chuvinha é sempre um convite para um aconchego amoroso que pode ocorrer, mesmo numa aparente solidão.

Afinal, somos e vivemos exatamente o que projetamos e se no empírico cotidiano, há a ausência de nossas companhias ideais, resta-nos as lembranças que podem ser extremamente gratificantes e estímulos perfeitos para que ampliemos as perspectivas, abrindo espaço para o sempre surpreendente novo, afinal, sermos os sóis de nossas vidas é a meta que não pode ser esquecida.

Sinto um cheirinho gostoso vindo lá do jardim, então, ao som da música que ouço, fecho os olhos e sinto que é a vida, vinda trazida pela brisa suave, apenas me oferecendo um carinhoso, bom dia...

E com a mesma leveza da brisa que estou sendo tocada, vou até você que me lê, desejando um domingo de paz, discernindo harmoniosamente o que não pode ser modificado, assim, como com a leveza dos pássaros, ir plainando no céu nublado de sua vida, na busca da sua plenitude, crendo que ela é possível de ser encontrada, afinal, lá fora pode até ficar nublado, mas não a sua alma.



sábado, 25 de fevereiro de 2023

SINDROME DO PÂNICO

De repente, lá vem as sensações físicas que anteriormente me assustavam e em muitas ocasiões, foi necessário ir até um médico para que o mesmo logo percebesse tratar-se de uma crise de pânico e este diagnóstico me enfurecia, afinal, eu estava morrendo e o desgraçado dizia que era psicológico.
Perdi a conta de quantas vezes ouvi este diagnóstico para mim, extremamente ofensivo e frustrante, afinal, e a taquicardia que me impedia de respirar normalmente, e as cólicas abdominais, os tremores, os calafrios e todas as mazelas que me impediam de apenas viver, ao ponto de temer tudo e a todos.
Hoje, ao senti-las já as reconheço e as trato com respeito, mas com total soberania, afinal, minha mente, meu comando.
Pois é... Enfiaram-me infinitos remédios, inclusive um tal de Lexotan que precisei de anos e anos para dele, finalmente me livrar, sofrendo todos os males estares, que a sua ausência em meu organismo provocava.


A LÓGICA QUE ME FASCINA

Acordei pensando na disciplina que mais esquentou a minha cabeça nos estudos da filosofia que, certamente, foi a lógica com o silogismo como objeto principal e imediatamente pensei em Aristóteles que verdadeiramente não tinha o que fazer, para criar este mecanismo aparentemente complicado, mas que quando compreendido é sempre meio caminho andado para a identificação no mínimo do duvidoso e merecedor de uma maior pesquisa e que provavelmente, impede o cometimento de absurdos primários enganos.

O silogismo, portanto, é o estudo da correção (validade) ou incorreção (invalidade) dos argumentos encadeados segundo premissas das quais é licito se extrair uma conclusão. Sua validade depende da Forma e não da verdade ou falsidade das premissas. Desse modo, é possível distinguir argumentos bem feitos, formalmente válidos dos falaciosos, ainda que a aparência nos induza a enganos. Por exemplo:

"As prestações de contas de nossos gestores na câmara de vereadores de ontem, de hoje, e certamente de amanhã."


LIBERDADE...

E aí, neste calor abrasador diante do computador, mais uma vez lembro do Rio de Janeiro e da vitrola americana dos anos cinquenta que ficava debaixo da escada no saguão que dava acesso ao segundo andar.

Cercada por duas poltronas e um belo tapete  colorido em tons de vermelho, onde eu costumava brincar enquanto, nas tardes, minha mãe ouvia suas músicas, bordando algum vestido para mim em delicada cambraia de linho.

Essa lembrança, me veio clara, podendo neste instante, enxergar o enorme vitrô que deixava passar a claridade de um sol inesquecível, por detrás daquele móvel escuro enorme de onde saiam os sons que acompanharam a minha infância e grande parte da minha adolescência.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

MEUS AMANHECERES

Hoje, neste amanhecer meio que acinzentado, ouvir As Time Goes by do filme Casablanca, foi um achado para eu permanecer mergulhada nas lembranças deliciosas e impactantes que fizeram de mim o que sempre fui.

Tantas décadas, tantos amanheceres e cá estou leve, sorrindo, apenas lamentando que muitos dos coadjuvantes desta minha peça de vida, já não mais nesta vida se encontram para que eu possa ao lembrar-me deles e de nossas representações, poder-lhes dizer mais uma vez que o tempo passou, mas que ainda assim, eu os amo e que foi muito bom estar dividindo a cena de uma época de minha vida com eles.


LEMBRANÇAS!!!

De repente, lá vem novamente a mais longínqua lembrança que ficou registrada em minha mente desde a mais tenra idade, provavelmente entre os quatro e cinco anos, quando dirigindo o meu jipinho do exército, presente de natal, atropelei e matei o pintinho que minha mãe havia comprado na feira.

Meu terror foi tão grande que ao longo de minha vida, volte e meia, esta lembrança volta como se tivesse acontecido ontem e aí, jamais consegui me perdoar por esta inconsequência em matar meu amiguinho.

Fui longe nas recordações para lembrar de outra, afinal, tudo tem um início e escrever também o teve, ainda muito menina, quando era sempre escolhida para recitar poemas nas festinhas escolares, sim, porque eu sempre fui abusadamente aparecida com um microfone nas mãos e, além de decorar poemas épicos e enormes com apenas 8/ 9 anos, ainda os representava nos palquinhos escolares como uma legítima prima dona do teatro brasileiro, afinal, ensaiava exaustivamente, fazendo da escova de cabelo, o meu microfone, por sobre a mesa de jantar, para desespero de minha mãe e os aplausos entusiasmados de meu pai, que simplesmente amava as minhas excentricidades.

Ele se encantava com tudo que eu fazia...


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Nossas meninas ...

The Shadow Of Your Smile ou a sombra de seu sorriso, e aí, tua imagem surgiu diante da tela do computador e uma vontade enorme de dizer que te amo minha amiga brotou em minha alma.

Minha querida Consuelo que sinto ser minha irmã energética, praticamente todos os dias, liga de Brasília só para conversar comigo e aí, muitas vezes, faz de meus ouvidos o pinico de suas lembranças doloridas e eu faço dos dela, meu saco de pancadas, pois, destilo as minhas ainda impaciências e arrogâncias e juntas, ao longo dos mais de cinquenta anos, trocamos as nossas figurinhas existenciais e com certeza, não só mantemos a chama do amor fraterno, como nos polimos em nossas ainda mazelas pessoais.

Te amo e sou grata por tua existência em minha existência que aconteceu na redação do Diário de Brasília, num aparente acaso, você tinha 18 e eu, 21 anos e de lá pra cá, rapaz, nós pintamos e bordamos e ainda criamos três rebentas da gota serena, bem aos nossos moldes. Os meninos deixei de fora, afinal, este texto é dedicado ao Clube das Meninas.



É COISA, VIU!!!

Estou a cada dia me transformando numa literal vagabunda existencial, sem pressa para coisa alguma, principalmente para sair da cama que ultimamente tem me parecido mais acolhedora que nunca.

Ontem, quando fui dormir o quarto e a cama estavam gelados e aí, puxei as cobertas e inevitavelmente comecei a rir, afinal, não suportei a cama fria de Santa Catarina e a copio em minha quentinha Itaparica, ligando o ar condicionado. Isso é que é uma tremenda incoerência...

No entanto, é exatamente o que fazemos e nem nos damos conta na maioria das vezes em tudo por tudo em nossas vidas, inclusive no amor, afinal, quantas pessoas desistem de seus parceiros, mas logo em seguida, buscam com olhos de águia, outro modelo muito parecido e o ciclo da insatisfação se perpetua e tudo o que elas pensam é: “Não tenho mesmo sorte no amor” ou qualquer outra frase de efeito consolador.

Essa premissa me leva a concluir que acabamos nos acomodando ao que já conhecemos e nos parece mais seguro, deixando passar por nós, o perigoso, mas delicioso diferente que nos atrai, mas que silenciosamente, causa medo.

Medo que não aceitamos admitir e o justificamos com todas as desculpas possíveis.

E assim, deixamos de vivenciar o inusitado...

Penso que ficar na cama, além do habitual tempo, tem dessas coisas, afinal, a mente relaxada nos faz enxergar o que até então, não havíamos aceitado perceber...

É coisa, viu!!



quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

SEM CONFETES E SERPENTINAS

Ao longo de uma vida, onde na maior parte do tempo escrevi direcionando cada palavra para os outros, fui desde o início procurando ter primeiro coerência com a minha forma de ser e agir e concomitantemente, buscando manter um profundo respeito a todo aquele que viesse a me ler, tentando evitar um afrontamento deliberado e consequentemente sem sentido, afinal, sou uma pessoa e não uma metralhadora desgovernada, atirando para todos os lados.

A vida sempre me pareceu tão bonita e o ser humano tão absurdamente completo, que eu não poderia conscientemente, invadi-los com palavras e intenções ofensivas.

Como cronista, habituei-me a observar os comportamentos cotidianos, analisando-os, não como senhora das verdades absolutas, mas calcada no que sempre me pareceu, nobre e justo, buscando a cada instante, isolar minhas preferências pessoais, mesmo reconhecendo ser muito difícil a isenção total, afinal, sou humana e sensível aos gostos pessoais e, justamente por ter noção bem clara desta realidade, sempre latente em mim mantenho o equilíbrio, quanto as criticas e os aplausos, consciente que mesmo agindo assim, muitas vezes, não serei compreendida.


Perigeu

Esta filmagem foi feita dentro do Círculo Polar Ártico, na fronteira Canadá-Alasca-Rússia.  Dura apenas alguns segundos, mas a visão espetacular é admirável.  Esse fenômeno só pode ser observado uma vez por ano, durante 36 segundos.  A lua aparece com toda a sua glória e logo depois desaparece.  Ela está tão perto que parece que vai colidir com o chão. Imediatamente depois, há um eclipse solar total de 5 segundos durante o qual tudo fica preto.  Este fenômeno só ocorre no perigeu (o ponto onde a lua está mais próxima da terra) e é aqui que a tremenda velocidade pode ser percebida!!



terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

QUE PORRA LOUCA É ESSA?

Teoricamente o carnaval termina hoje, pelo menos em grande parte do nosso Brasil Varonil, mas não na Bahia que estica e estica, até não poder mais, além de começar primeiro, afinal, o negócio é pular atrás de um trio elétrico, mesmo que o tudo mais em sua vida, no país e mundo, esteja de mal a pior.

Que coisa, viu!!!

Impressionante é a capacidade do brasileiro de superação e adaptação as intempéries cotidianas, fazendo da música e da dança, seus elixires consoladores aos índices mais cruéis da fome e da miséria de todos os níveis, e é claro que os espertos políticos, usam e abusam desta exploração emocional, afinal, descobriram há muito tempo, inclusive, se espalhando como praga para cada buraquinho do país, esta receita que se mostrou infalível e então, dá-lhe música o que me fez lembrar de um finado deputado Federal pernambucano em um certo comício em Brasília, cujo povo já estava inquieto com a demora, mas que ele, o ilustre, só iria começar quando, terminasse o seu charuto e seu whisky, mas ao ser alertado por um assessor, num gesto que se tornou marcante aos meus olhos de jornalista iniciante, exclamou em alto e bom tom:

“Bota pra tocar novamente o FUSCÃO PRETO”


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

CHOVE LÁ FORA...

Neste instante, a música que ouço, vem através da chuva que cai abundantemente lá fora, encharcando o gramado, fazendo beber as plantas que agradecem, postando-se mais pungentes em suas colorações e os aromas da grama, terra e das variedades de frutos e folhas, se confundem, criando um perfume raro que só os atentos, são capazes de sentir.

Chove lá fora, quebrando o silêncio que predomina este pedacinho de mundo, me fazendo fechar os olhos ao me recostar no espaldar da cadeira, sorvendo toda esta maravilha que me envolve.

Os pássaros se calaram, receando como também o sinto agora, as estridentes trovoadas que riscam o céu.

Aos poucos a chuva lá vai diminuindo, abrindo espaço para o retorno alvoraçado deste viveiro a céu aberto que chamo de meu, mesmo sabendo que ninguém tem nada, somos apenas inquilinos desta terra bendita que nos abriga e nos prepara para convivermos com a universalidade que nos espera.

A chuva rega e lava lá fora e a mim também...



domingo, 19 de fevereiro de 2023

CUSPINDO O FEL DA SAUDADE E DA SOLIDÃO...

Nesta noite que está apenas começando, me ponho a pensar na saudade que tento disfarçar e creio que na maioria das vezes consigo ir levando os meus instantes de forma leve e crendo que nada nesta vida é por acaso e que sobreviver a uma COVID, duas cirurgias muito invasivas, deve ter tido um propósito, além do que sou capaz de mensurar.

Venho aproveitando desde então, para fazer um balanço de minha caminhada existencial, analisando minhas escolhas, nem sempre acertadas ou adequadas, mas todas de total responsabilidade pessoal, já que sempre fui capaz de buscar alternativas e, quando elas viam ao meu encontro, nem sempre delas me aproveitei para mudar o rumo já traçado.

GOZAR E SER FELIZ...

E aí, sem qualquer inspiração que merecesse um texto, comecei a olhar as postagens de meus amigos e deparo-me com a querida Fátima Sarmento, fantasiada para o desfile do carnaval, mostrando e afirmando estar amando, numa felicidade pessoal possível de ser percebida através de suas fotos e aí, mais adiante, lá está a amiga( meio que também um pouco filha), Bárbara Amorim ao lado de seu Bruno Couto, trocando juras de amor sem medo de serem felizes e aí, como não mensurar o quanto essas pessoas são responsáveis por transmitirem suas alegrias de viver aos seus amigos das redes sociais e certamente, da maioria daqueles com os quais convivem, afinal, o amor é contagiante e faz muito bem a saúde física e emocional, afastando a depressão, a solidão e até o câncer, pois torna-se uma célula sadia que se multiplica naquele que sente e naqueles que neles se inspiram...

Claro que haverão sempre as células doentes que rejeitarão, mas o que fazer com o já destruído que é incapaz de viver e deixar o outro simplesmente viver e ser feliz, com todos os riscos, perigos, possíveis perdas, mas também com todas as alegrias e gozos de estarem simplesmente, felizes.

Deu em mim até vontade de arriscar um novo amor e então, vocês verão do sou capaz, afinal, ainda tenho lenha pra queimar e imaginação é o que não me falta. kkkk

Delícia é ser feliz, o resto é merda com as quais também precisamos ir convivendo, não sem um protetor chamado amor próprio, que blinda contra qualquer investida dos invejosos de plantão.

Salve a vida e tudo que seja capaz de nos fazer sorrir, visceralmente gozar e ser feliz...

Pronta para ir a uma praia imaginária, já que não posso mergulhar no meu mar de Ponta de Areia, sempre amado e desejado. Os óculos escuros são para disfarçar os meus olhares safados.

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sábado, 18 de fevereiro de 2023

CAFONA E FULEIRO

O sábado amanheceu com uma chuvinha rápida e bem vinda para as plantinhas dos jardins e para mim também que estava cobrando de Deus um pequeno refresco, afinal, o calor me parece o mais violento dos últimos muitos anos nesta minha ilha encantada.

Observando a chuva, fixei meus olhos na vegetação, tendo a impressão que se abriam para serem possuídas, numa entrega desejada e finalmente, usufruída, neste meu devaneio em faze as analogias entre o gozo da felicidade do amor em entrega e posse, com os encontros da natureza com suas diversidades complementares.


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

EU TE AMO

Dormi sorrindo e acordei, ainda sorrindo e apesar de não lembrar, certamente devo ter tido sonhos sorridentes, porque afinal, somos o que nos determinamos a ser e eu, desde sempre, me propus a ser feliz, fosse a qualquer custo, pois, observei desde muito cedo que a felicidade amenizava qualquer problema, depois, meus pais eram pessoas otimistas e alegres.

Por esta razão, no decorrer de minha vida e ainda hoje, quando recebo golpes profundos, daqueles que são dados por quem menos esperamos, que pode ser o de apenas, colocar em dúvida a minha palavra e que certamente, me arrasa,  encho a minha boca, desço do salto de pessoa educada e mando o ofensor a puta que o pariu e aí...Sua agressão vai para algum lugar que sinceramente, nunca me preocupei em saber qual era.


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

A ÚLTIMA ROMANTICA

Ontem pela manhã, sentada na varanda o espetáculo da natureza exibiu-se exclusivamente para mim, já que na plateia, só existia a Regininha para aplaudir.

Lá estava ela ornada com um figurino nas cores amarela e marrom e sem qualquer ruído que meus ouvidos pudessem captar, adentrou no palco, já bailando, captando toda a minha atenção, rodopiando o arbusto de variados verdes e salpicado de flores vermelhas, formando um quadro de leveza e incrível beleza.

Lembrei da música de Benito de Paula sobre as borboletas, que na realidade é um pedido de socorro em favor da natureza, há muito degradada e sequer lembrada nas suas infinitas formas de se apresentar a nós, pequenos, mas abusados humanos, incapazes de nela nos inspirarmos para criarmos em nossas vidas, personagens de roteiros encantadores e inesquecíveis, junto aos palcos de nossas representações pessoais...

Serei a última das românticas ou sou como as borboletas, apenas livre para voar?



quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

BOLACHA GOSTOSINHA (O)

Acordei pensando no quanto foi importante para a minha formação e aperfeiçoamento cognitivo, ter tido desde a infância, um espelho de corpo inteiro fosse na sala principal, fosse nos muitos quartos ou banheiros que tive ao longo da vida, afinal, fui aprendendo a ir acompanhando o meu natural desenvolvimento e transformações, assim como enxergando além da visão estética, podendo então, ir corrigindo, aperfeiçoando, amando e principalmente, me aceitando e quanto a estética, a esta, fui doando a generosidade da compreensão dos limites da minha intervenção lógica, diante da atuação absolutamente natural do tempo, fazendo dele um aliado e não um inimigo.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

O OUTRO...

De tudo que me foi ensinado, certamente o respeito ao outro, foi a disciplina mais constante e imprescindível, o que necessariamente jamais se restringiu a outro ser humano, mas ao tudo mais com que eu convivia, inclusive com o lixo.

Pensando nisto mais adiante, quando, eu já estava crescida o suficiente para traçar comparações e para extrair a lógica desta convivência, me foi possível compreender a extensão da lucidez existencial, daqueles que foram responsáveis pela minha formação.

E a exemplo deles, segui a vida aplicando e aperfeiçoando estes ensinamentos, não sem tropeçar aqui ou acolá, devido a força as vezes brutal do sistema que, muitas vezes nos leva a crer que não seremos fortes para resistir.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

A HUMANIZAÇÃO QUE CURA E AMPARA

Estou aqui pensando o quanto aos poucos fomos esfriando os nossos relacionamentos, inclusive no seio de nossas famílias, retrocedendo na história, onde o toque, era puramente formal, sem trocas de afetividade e aí, penso num profissional incrivelmente humano que ao aguardar a minha vez de ser atendida por ele, no HGI, pude observar sua elegância e carinho com cada paciente que estava aguardando ser atendido por ele.

Primeiro, elegantérrimo, na sua sempre simplicidade, ele ia até a porta, chamar e buscar o paciente com um sorriso amistoso e um enlaçar nos ombros, demonstrando um enorme amparo, geralmente em pessoas idosas ou visivelmente acamadas.


domingo, 12 de fevereiro de 2023

CÉU DA ETERNIDADE...

A manhã está indo embora e somente agora, estou sendo capaz de escrever um pouquinho para matar à vontade, afinal, dedilhar minhas letrinhas é como um complemento da minha respiração.

Escrevo pelo instinto de meus dedos já habituados a encontrarem as teclas e suas respectivas letras, já que quase não estou enxergando devido a um procedimento ocular, mas tudo bem...

Agora a pouco, sentada na varanda, saboreava uma manga carnuda, doce e suculenta que minha amiga Rosimeire, carinhosamente havia descascado pra mim e aí, pensei no quanto sou abençoada, já que no meu entender, possuir uma mangueira produtiva no próprio terreno é simplesmente uma bênção enorme.

Respiro fundo e penso que viver é uma glória para quem se dispõe a abraçar a vida, não abrindo mão em senti-la, numa observação contínua e apaixonante.

De repente reforço a minha convicção de que de nada mais preciso, pois estou abastecida de absolutamente tudo que um ser humano precisa para simplesmente se sentir completo, totalmente realizado, afinal, tive um espetacular amor delicado, estou cercada de filhos amorosos, amigos presentes e afetuosos, moro em um local que é o sonho que a maioria das pessoas, apenas sonham em apenas passar férias, me alimento sentindo todos os sabores, inspiro e sou capaz de selecionar os infinitos odores existentes a minha volta e quando, me deixo afundar nas águas mornas de Ponta de Areia e ao emergir enxergo o bendito céu ensolarado, sinto que estou no céu da eternidade.

Concluo que não tenho o direito de pedir mais nada ao meu poderoso Jesus, afinal, seria abuso...

Então , sorrio e me curvo em gratidão.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

EU ENTRE ELAS- TERNURINHAS DO MUNDO

Meu amigo Jeferson, paulistinha intelectual, cronologicamente meu filho, mas meu professor e parceiro de buscas e encontros das maravilhas criativas da criatura humana, mandou-me esta foto, pois, certamente me reconhece numa ou em todas essas senhoras, aparentemente loucas que simbolizam as mentes acima do lugar comum das conveniências, cada qual, representando uma contraditória pirraça em permanecer na contra mão dos arquétipos do certo e adequado.

Mulheres que assumiram suas vidas, seus estilos, seus desejos, seus devaneios, assombrando com suas liberdades escancaradas o engessado e o rijo, não num deboche, crítica ou qualquer tipo de afrontamento, tão somente, sendo elas mesmas, sem medo de buscarem seus gozos carnais e espirituais.

Mulheres que chegaram a terceira idade leves, sorridentes e coerentemente fiéis a si mesmas e ao tudo mais que qualificam como ideal pra elas e pro mundo.

Mulheres que jamais se ativeram ao tempo, crendo ser apenas, contagem de números, preferindo o singrar nos instantes, fazendo de cada um deles, eternização do insubstituível.

Mulheres que se entregaram sem regras e normas, por apenas amor e por ele e com ele, se energizaram num eu te amo vibrante, que as movem entre o solo e os céus de seus mundos infinitos. 

Mulheres que jamais precisaram ser amadas, para amar, dispensando as amarras do convencional e ironicamente, atraindo pra si, poderosos e reconfortantes amores, mantenedores dos sorrisos constantes e dos voos inimagináveis, ao apenas observador e na maioria das vezes, crítico.



VIVA O MISERÊ!!!!

Vendo e ouvindo as mazelas absolutamente naturais que ocorrem nos demais países deste mundo de meu Deus, penso no quanto, nós brasileiros somos um povinho ingrato, inconsequente e abusadamente imbecil.

Já que generosamente o nosso pedaço de continente é mais que tranquilo, afinal, onde estão os terremotos, maremotos, vulcões, tsunamis ou qualquer outro movimento sísmico?

Mas aí, se não temos misérias, vamos providenciar, não é mesmo?

Não fizemos outra coisa a não ser crescermos populacionalmente, sem qualquer planejamento e nos instalamos, menos ainda, afinal, qualquer puxadinho em qualquer encosta ou manguezal nos cabe com as bênçãos de um sistema político inconsequente, corrupto e sem qualquer noção de valores pátrios e territorial.


MOINHOS DE VENTO DA MENTE

Giram incessantes, 

Levantando as poeiras

Muitas já assentadas e esquecidas.

Enquanto os moinhos, atordoam a mente

Os olhos inquietos nublam-se com o sol escaldante

Buscando ávidos a sombra de uma apenas árvore

Para um enfim, deitar o corpo cansado

Para um instante de descanso.

Loucuras dos moinhos de vento

Criados pelos infinitos quereres

Esfarelando o amor, a leveza e o tão somente, viver...

Onde o tudo de bom que foi reservado

Perdido se encontra no girar incessante

Dos moinhos da insensatez...

Regina Carvalho  08/02/2023



Va bene?

Depois de uma noite tranquila, um cafezinho pingado e de postar uma poesia que escrevi ontem a noite, fui apagar o holofote do portão e por algum motivo desconhecido, pensei na Itália, sem que houvesse qualquer maior referência, afinal, exceto os filmes água com açúcar que assisti na adolescência e depois, alguns picantes, já na companhia de Roberto, assim como os bang-bang italianos, ingenuamente cômicos, fora isso, creio que só mesmo o fascínio histórico que, certamente, devia estar tatuado em minha mente.

E como estou a anos luz de ser considerada uma criatura dentro dos padrões considerados normais, cá estou, pensando que de repente, como num passe de mágica, voei para a Itália em busca de um certo pássaro chamado Rouxinol que por nossas bandas brasileiras, simplesmente não existe e que eu , com certeza, me emocionaria totalmente se o encontrasse e como é originário da Europa, por que não, busca-lo em terras fascinantes?

Assim funciona a cabeça de uma apenas criatura que se recusa a ser e a pensar enquadrada dentro de um estereótipo pré determinado e aí, fui aprendendo a compreender as possíveis rejeições, os medos e os não entendimentos em relação a mim.

Todavia, esquisita ou não aos olhos e entendimentos de muitos, ainda assim, sou absolutamente humana, repleta de dualidades emocionais, que chora por quase nada e se encanta com quase tudo, permitindo-se buscar pássaros, belezas e emoções em qualquer lugar que sua mente arisca e apaixonada, for capaz de alcançar.

Sou digamos; metade Regina e a outra metade paixão. Va bene?

E muitas vezes, ridícula também... Que delícia!!!



terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

MASTURBAR-ME COM A DOR- JAMAIS!!!

Dizem que os poetas precisam estar tristes para escreverem de forma envolvente, sejam musicados ou não, no entanto, como adoro contrariar as regras engessadas, por considera-las falácias que se popularizaram, justo por terem sido criadas para explicarem o apenas natural, e as pessoas por preguiça ou inercia em raciocinarem, aderem como se verdades absolutas fossem e as perpetuam sem que as mesmas tenham qualquer relação com a lógica da realidade.

Somos pessoinhas dotadas de capacidade racional e sentidos absolutamente precisos, no entanto, cada criatura humana carrega em si, habilidades próprias que podem ou não serem desenvolvidas e aperfeiçoadas.

Inseridas a estas habilidades estão embutidos a essência, assim como as experiências existenciais que vão moldando a forma de se expressarem e aí, quando muito, através dos estudos, da observância e da disciplina, esta habilidade, não só segue uma tendência com características íntimas, como vai moldando uma forma muito própria de enxergar o mundo.

Simples assim...


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

O AMOR NÃO MORRE...

Se quiseres saber porque te amo ainda, basta que me olhes bem atentamente para então, poderes compreender que um grande amor não morre, tão somente, inspira a querer viver mais ainda, para jamais esquecer o quanto foi bom se permitir amar.

A ternura dos olhares, o aconchego dos abraços, o sabor dos infinitos beijos, são como brisas constantes que arrepiam e me fazem sorrir, lembrando-me a cada instante, que o nosso amor bonito não morreu, permanecendo vivo e como sempre, radiante no tudo de bom que imprimiu em mim.

A vida segue e eu também, fazendo de cada instante, um brinde ao tudo de bom que certamente, ainda tenho para viver.

Esta foto tem exatamente dois anos e tu, tinhas partido não fazia muito, mas ao invés de chorar pela tua ausência, coloquei-me mais bonita para que pudesses enxergar do firmamento a tua luz, irradiando em mim.

Acordei com saudades, só pensando no quanto me ensinastes e no quanto, te sou grata, justo por ter-me polido com a delicadeza de tua natureza dócil...

Um amor não morre, apenas revela o seu quilate, quando ausente.



domingo, 5 de fevereiro de 2023

FAZENDO AMOR...

Acordei pensando que minha animação em acordar é o sintoma mais acentuado de minha sede em viver, o que não necessariamente significa pressa ou compulsão em fazer isto ou aquilo, como se o mundo fosse acabar em minutos, atitudes reconhecíveis em um número expressivo de pessoas que, mesmo não precisando, ligam seus motores pessoais e saem atropelando a si mesmas, querendo tudo vivenciar, tudo resolver, como se fossem insubstituíveis.


sábado, 4 de fevereiro de 2023

O ETERNO QUE HÁ DE FICAR...

E o sol depois de espantar a preguiça, deixou-se revelar na sua mais grandiosa luminosidade e eu, fascinada não canso de observar o brilho especial que ele generosamente oferece a cada metro quadrado deste meu paraíso particular, aonde não existe defeitos ou necessidades, somente a beleza que se mostra despudora aos meus olhos.

Amo minha casa, minhas plantas e meus frutos, aqui estando, não preciso de absolutamente mais nada, sentindo-me completa e com espaço suficiente para guardar cuidadosamente as infinitas lembranças de uma vida plena, onde tudo que quis, realizei, onde tudo que foi preciso, sofri, onde tudo que realmente me pertencia, recebi.


SE NÃO ME RESPEITAM, ENQUANTO CIDADÃ, PORQUE DEVO ME CALAR?

Meu bairro e principalmente a minha rua, não nasceu de invasões, mas de pessoas que colocaram suas economias num local maravilhoso que acreditavam que seria o seu recanto de paz, num paraíso terrestre chamado Itaparica.

Escolhi este bairro, pelo sossego que me acolheu, pela beleza que me encantou e pela casa ampla e envolta em arvores frutíferas e pessoas incríveis, quanto as águas serenas da praia que me fascinou.

Por não procurar point da moda, encontrei o éden terreno e de lá para cá, tudo que sempre esperei dos impostos pagos, foi que minha rua recebesse a devida atenção de uma só limpeza nos 21 verões que se seguiram.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

SER O QUE SE É...

Passamos a vida, utilizando-nos das infinitas regras de convivência, que corremos o sério risco de esquecermos quem verdadeiramente somos.

E esta perda ao longo dos anos, vai se acentuando em forma de sentimentos geradores de sensações extremamente danosas, como por exemplo; um acúmulo de frustrações que se apresenta com diferentes vestimentas, mas que no final, são apenas duas que se traduzem em: Saco cheio e Impaciência.

Tudo começa a nos parecer tão repetitivo, sem real conteúdo agregativo que para não chutarmos o balde, passamos a desconsiderar, fazendo da indiferença a nossa defesa.

Ledo engano, afinal, podemos engambelar o sistema, mas jamais a nossa mente que por mais resistente que seja, vez por outra, se manifesta em forma de profundo enfado, como se lhe dissesse em alto e bom som cognitivo:

“Porra, o que eu estou fazendo com a minha vida”!!!

Dizemos a nós mesmos que somos livres, fortes e poderosos e que tudo podemos, principalmente se nos agarrarmos as figuras e dogmas religiosos, como se ambos, fossem escudos protetores e o são para a grande maioria, afinal, desvia-se atenções de si para um campo de centeio farto em esoterismo (ciência, doutrina ou prática fundamentada em conhecimentos de ordem sobrenatural).

Trazemos para o já complicado terreno sensitivo, preceitos geralmente, inacessíveis a racionalidade, mas abusadamente acalentador para as inseguranças pessoais, que ocupam o lugar da legítima serenidade em tão somente, administrar-se dentro dos princípios básicos da liberdade de sermos tão somente, quem somos, com grandezas e pequenezes, próprias de um caminhar de aperfeiçoamento existencial.

SOCORRO e Bom dia Dona Regina, filosofia as seis da matina de uma sexta-feira de verão...

Dá um tempo...

kkkkkk



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

MEU CHÃO...

Olhando para o piso de meu jardim, posso vê-lo novamente coalhado de mangas, como vem ocorrendo neste verão em meu paraíso, se bem, que de uma semana para cá, de tão maduras, esparramam-se literalmente por sobre o gramado, exalando seus aromas que simplesmente adentram em mim como se fossem gotas de um elixir especial que me mantém com um constante sorriso, que me faz pensar por todo o tempo que sou uma felizarda, afinal, não só as tenho para saborear como ainda sou capaz de parar tudo em minha vida, unicamente para cheirar cada fruto que vou catando nos amanheceres itaparicanos.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

NADA ALÉM DE UMA ILUSÃO

A manhã está só começando e cá estou já no meu terceiro texto, afinal, há tanto o que escrever, que preciso colocar ordem em minha mente, afim de não sair atropelando os meus neurônios que, coitados, as vezes pedem socorro, simplesmente apagando num blecaute generalizado e aí, coloco o açúcar na geladeira, troco til por cedilha e a coisa, fica feia.

Todavia neste instante, mesmo que já meio cansadinhos, ainda são capazes de me ajudarem a pensar sobre a gostosura do amor e quando penso nas delícias amorosas é o mesmo que dar umas azulzinhas para eles, pois, imediatamente se animam e  bem dispostos a colaborar com esta minha incansável disposição.

Tão bom falar e viver o amor, então, porque ele murcha, esfria, trazendo no mínimo frustração?

Conhecemos alguém e tudo nesta pessoa nos agrada, desde a aparência, até os aromas da pele, dos cabelos e do hálito. Defeitos simplesmente não existem e quando, são muito expressivos que nos seja incapaz desconsiderar, dizemos para nós mesmo:

Com o tempo isso passará ou darei um jeito de consertar...

Qual nada, afinal, no cotidiano da convivência, não só este defeito se acentua, como uma infinidade de outros, surgem do muito e do nada da maldosa rotina.

E aquele brilho cintilante que ofuscava o tudo mais além do tesão, vai por água a baixo, nos obrigando a encarar a realidade de termos ao nosso lado, uma pessoa comum e nos esquecemos que para o outro, o processo é o mesmo e aí, as frustrações assumem o protagonismo e criam um campo de batalha que começa com as discussões, ciúmes infundados, algumas vezes com agressões verbais, podendo chegar ao físico, até que desabam na indiferença, enterrando de vez o sonho dourado do amor principesco e tesudo, cujo fim, nenhum dos lados se preocupou em avaliar ser possível.

Lamentável!!!

Que tal contrariar a maldosa rotina?

A cada instante um tórrido amor é soterrado, restando quando muito, uma relação sem qualquer maior emoção que em alguns casos é compensado lá fora, com os brilhos passageiros dos perdidos de amor...

Na qualidade de uma apaixonada compulsiva, revolto-me, porque pelo amor de Deus, além da beleza e grandeza da vida que abusadamente se expõe a cada instante, refletindo a imagem de Deus, através da sua natureza, não há nada mais preciosamente afortunado que ser ter um amor para chamar de seu, uma boca sempre ávida para se beijar, um corpo sempre pronto para se entregar.

Porque somos tão estúpidos que nos permitimos distrair com contas e compras e uma infinidade de badulaques sistêmicos para tão somente, fugirmos do amor que por si só, enriquece, vestindo qualquer corpo da mais fina seda de um carinho amoroso?

No amor não existe espaço para a acomodação, preguiça ou desaforo e muito menos, coloca-lo no nível, seja lá do que for.

O amor é um todo completo que se renova a cada olhar, a cada cheiro, a cada bendito toque.

AH! Senhor Hilton de Carvalho (meu pai), que juntamente com (dona Hilda) minha mãe, exemplificavam por todo o tempo, as lições benditas da exploração das texturas, dos aromas e dos sabores, transformando seus dois filhos em amorosos taradões.

Felicidade amorosa, não cai do céu e um parceiro gostoso, menos ainda. Portanto, se você o tem, não deixe morrer as emoções, porque uma vez perdida, não mais será achada naquela criatura que um dia, você acreditou ser o seu ideal.

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ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...