O tempo lá foi passando e a cara de pau, os interesses escusos e as trocas de favores entre bandidos e políticos, foram somente se intensificando, chegando ao ponto de não existir mais qualquer real possibilidades de controle, já que, não mais se distingue um do outro.
E nessa simbiose que não começou hoje, mas que está no seu auge, todos se tornaram reféns uns dos outros, numa guerra urbana e suburbana que desconhece fronteiras e qualquer tipo de limites, atingindo todas as camadas da sociedade, transformando cada cidadão em vítima ou algoz, dependendo da ocasião e dos interesses envolvidos.
A transferência de responsabilidades, tornou-se recorrente a toda uma postura vilã, onde não mais se foge das responsabilidades, tão somente, o agente político envolvido, não se vê com tal incumbência e essa postura ignóbil, se estende em todas as áreas das governanças, onde cada agente, determina para si, as responsabilidades com as quais, precisa se ater que, em sua maioria é a de tão somente, passar quatro anos, num palco iluminado, cuidando principalmente de si mesmo, de seus egocentrismos e de seus interesses de todas as ordens, cumprindo mediocremente suas funções, sob as luzes da Ribalta, para atender a um povo ignorante de seus direitos, prisioneiro do medo da retaliação que é infalível e certeira e que o transforma em pequenos, médios ou grandes esquadrões de sobreviventes, capazes de tudo aceitarem em troca de um lúdico que lhes garantam também, a não responsabilidade de apenas, terem que reagir seja lá ao que for.
Ouve-se um grito aqui e outro acolá, quando a desgraceira bate a sua porta, mas depois, o silêncio se instala, transformando a dor da perda de um ente querido ou a indignidade da fome e do abandono, numa contribuição ao divino, como passaporte para o céu, tendo como garantia a palavra do mestre religioso, assessor direto de Deus que por sua vez, já cumpre a sua pena, sendo um agente conciliador entre a dor e a dor, pois, mesmo os algozes, vivem num permanente inferno existencial.
Fugir da tarefa de lutar para uma real melhoria do cidadão é tudo que resta ao governante de qualquer esfera, já que o trono que descansa a sua bunda, foi comprado com os recursos oferecidos pelos vampiros da morte e aceitos pela vaidade dos marginais engravatados e pseudamente, senhores da honestidade e dos bons propósitos.
E aí, os vereadores, prefeitos e governadores e demais autoridades da escala dos poderes, fazem marketing colorido com os recursos federais, que se resumem em pracinhas , campinhos, ambulâncias, estádios e prédios oficiais que mal se sustentam de pé, pois, são construídos com as sobras dos desvios de primeira que, só garantem materiais e profissionais de terceira, mas que servem como estampas de outdoors nas inaugurações, mas que na realidade não passam de obrinhas meias bocas que, logo se desfazem, mas que servem de argumentos sólidos para uma provável reeleição.
Até quando meu Deus essas improbidades permanecerão?
Até quando, o direito a uma educação sólida e esclarecedora, assim como um estômago forrado, serão adiados em prol de partidarismos aprisionadores e do vício brasileiro da esperteza solidária, que só fabricam discursos bonitos e envolventes, mas que na realidade, são tão somente, caminhos que garantem novos tipos de aprisionamentos?
E aí, ouvimos continuamente que a “Violência” é problema do estado, assim como a culpa é da polícia agressora, do presidente de uma direita idiotamente e malvadamente castradora, enquanto, nós povinho mequetrefe, aplaudimos e brigamos a favor do carnaval ou de qualquer escape para poder esquecer que a merda é contínua sem chance de se reverter.
Nenhum comentário:
Postar um comentário