Ainda me lembro e já faz tanto tempo...
Existem modelos que nos são inseridos na mente, quando ainda somos tenras criaturinhas que, permanecem como legendas em neon e por estarem em nós por todo o tempo, nos habituamos e até, na maioria das vezes, sequer lembramos de sua existência.
A vida, distintíssima senhora, além de nos formar como a sua mais perfeita máquina, ainda não satisfeita, através de sua ciência exata, nos forneceu todo um mecanismo incrivelmente exato, para que todo o conjunto de sua criação pudesse inspirar e respirar a ela, por todo o tempo, num compasso ritmado e silencioso e com a capacidade invisível de energizar, revigorar e suavizar todos os compassos rítmicos do milagre de sua criação.
Que beleza, somos nós criaturinhas humanas...
Cada qual, com traços físicos, psíquicos e emocionais únicos, cada qual, com sua própria formação de alma que nos torna, absolutamente originais, cada qual, com um espírito que transcende de si, capaz de em instantes, transmutar-se, levando a mente para o além de nós mesmos, com um simples e corriqueiro inspirar e respirar.
Nesta madrugada em que o mundo reverencia os mortos, acordei pensando, justo na vida...
Neste espetáculo que se coaduna, se insere, se multiplica, se eterniza...
Acordei pensando nas flores e nos beija-flores que são capazes de encantar os olhos humanos, apenas com suas levezas, cores e aromas e, pensando neles, penso em mim e em você que me lê neste instante e, no quanto, podemos nos encantar também, apenas convivendo harmoniosamente, tendo como inspiração indelével, a vida que esquecida em nós, se rebela e se torna triste, magoada, frustrada e indivisivelmente só, justo em meio a todas as maravilhas que representamos um para o outro, numa só existência.
BOM DIA!!!
Que nesta bendita terça-feira, dia dos mortos, um brinde seja erguido em louvor da vida que reside em todos nós e naqueles que em outros planos já se encontram, afinal, a vida é um ciclo ininterrupto de vida propiciando vida e esta simples e absoluta realidade, pode ser constata nas demais vidas que se reciclam na natureza, nos abastecendo incansavelmente de vida.
O arco do violino está em nossas mãos, portanto, só nós podemos extrair os benditos sons de nossas vidas.
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