domingo, 7 de novembro de 2021

TUDO OUTRA VEZ

Na dor e provavelmente diante da morte (não afirmo, afinal, nunca morri), mas posso fazer ilações, aliás sou mestra neste quesito mental, nós, serezinhos humanos, de repente nos humanizamos, nos colorimos de cor de rosa e achamos que o mundo e tudo que nele existe é lindo.

Se bem, que conheci poucas, mas convictas pessoas que ao contrário, estavam com pressa de partir, já cansados desta lida sem fim que lhes foi a vida.


Eu, no entanto, convicta que sempre fui no reconhecimento da vida como um espetáculo sem fim, bato o pé e exijo ficar e para tanto, recorro a todos os recursos metafísicos de que tenho conhecimento, suborno descaradamente santos e mártires e finco os pés no chão, dizendo birrentamente, não a qualquer proposta de vivência no paraíso.

Adoro este inferno em que fui colocada, afinal, ninguém me consultou ou pediu licença e depois, que me acostumei, deitando e rolando nas delícias do viver, querer da mesma forma, sem pedir licença me levar embora, nem pensar... 

Resisto como uma condenada no calafausto da vida e de peito aberto, grito: 

Não, ainda não...

Afinal, quero mais é começar tudo outra vez de forma mais lógica e inteligente, com certeza, querendo mais e mais o tudo de bom e brigando menos, cobrando menos, perdendo menos tempo e JESUS!!! “Amando ainda mais”.

Trem bom da conta é esse tal de amor que nem a safada morte é capaz de soterrar, mas com certeza a vida é capaz de consagrar.

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Lírio Cala fausto

Começaria tudo outra vez, se contigo fosse meu amor, a chama no peito ainda arde, nada foi em vão.

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