Que dor, meu Deus!
De repente, acordei sentindo uma dor dilacerante na direção dos rins, sentei na beirada da cama, tentando entender o que estava acontecendo.
E aí, cadê a dona Regina que sempre se gabou de ser resistente a dor, aonde foi parar a fortona que além de tudo podia contar nos dedos as dores que já sentira nesta vida?
Pois é, em fração de apenas um segundo, o sono tranquilo deu lugar as seguidas pontadas finas que de tão profundas me tiravam o ar, como se eu estivesse sendo perfurada seguidamente.
Silenciosamente, levantei-me troquei de roupa e fui chamar a minha filha, afim de irmos para um pronto atendimento.
E aí, entre fisgadas dolorosas e a aplicação de um soro, fui sentindo um profundo alívio até que, em dado momento adormeci.
Agora, sem dor, penso no quanto somos vulneráveis, mesmo sendo uma máquina perfeita, resultado de uma ciência exata e que, simplesmente de um segundo para o outro, tudo muda, acordando em nós, a certeza absoluta de que basta um só instante, para nada mais existir e fazer qualquer sentido e, ainda assim, esquecemo-nos sistematicamente desta premissa básica que define a nossa existência e nos colocamos sistematicamente em verdadeiros infernos vivenciais, alimentando tolices, apertando nós.
O sono foi interrompido...
E a escrita não foi feita...
Que neste sábado em que senti dor, a vida não me deixe esquecer que ela é tão somente, um sopro, uma brisa e nada mais.
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