“Devagar com o andor que o santo é de barro” esse é ditado popular que eu e você já ouvimos milhares de vezes ao longo da vida, mas de nada adiantou, pois, estamos sempre fora do compasso nos nossos cotidianos, geralmente, numa pressa absolutamente sem lógica se nos déssemos ao direito de parar um só instante para pensar.
Parece que o imediatismo infantil aliado a desnorteação hormonal que se apossa na adolescência se tornam um elixir da inconsequência a nos levar a atropelar tudo quanto, poderia representar a bendita ponderação que é determinante a uma significativa harmonia e aí, dá-lhe rivrotril, lexotan ou qualquer aditivo que acalme um pouquinho o nosso todo de criatura em constante distonia emocional.
Cada grupo que se forma, seja lá para o que for, imediatamente se torna um poço inesgotável de inadequações, uns influenciando outros, num ciclo simbiótico se bem observado, como o fiz por toda a minha vida e que se não pude escapulir de todo, pelo menos, consegui manter-me após muitos sofrimentos, à margem, sofrendo apenas, as sobras que jogadas ao vento, vez por outra me acertam.
Se quiserem testar esta minha premissa, sugiro que em algum momento, conscientemente alienem-se em participar de qualquer conversação e apenas ouçam e observem os demais nos gestos, nas feições e até nos silêncios estrategicamente planejados, sem desviarem suas atenções, fazendo antecipadas ilações, apenas registrando. Posso garantir que terão uma gigantesca experiência, quanto ao reconhecimento humano de pessoas que vocês, acreditavam que conheciam, mas o melhor de tudo é que se enxergarão repetindo as mesmas argumentações e posturas em vários momentos de suas vidas.
Uma loucura se pensarmos que toda interação, pode se transformar numa indução, assim como cada ser humano é capaz de adentrar em nós por caminhos que de tão sutis, sequer percebemos.
Conhecer os nossos entornos, pode melhorar significativamente, os nossos cotidianos.
Conhecer não significa, excluir, apenas conhecer além do óbvio que o outro mostra e nós também.
Somos diferentes e encantadores, afinal, perfeito nasceu morto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário