Pense numa noite infernal, pois, eu a tive, numa sucessão de dores dispostas a me flagelarem e não houve santo que amenizasse.
E olha que sou íntima de alguns...
O dia ainda não tinha amanhecido e lá estava a dona Regina na emergência e por lá fiquei até as duas da tarde, mas aí, vida que segue e ao invés de ficar amuada em casa curtido dor e lamentando a vida, eu e Anna, fomos almoçar um peixinho delicioso com molho tártaro a beira rio, depois, fomos comprar deliciosos bombons e aí, ao chegarmos em casa, uma surpresa maravilhosa me aguardava, afinal, meu livro havia chegado, lindo...
Pronto, aí é que a dor se escafedeu de mim...
Afinal, aonde reside a felicidade, não há espaço para qualquer lamentação e com certeza, o bendito universo conspira a favor, atraindo o tudo de bom.
Penso então, que nada cai do céu e que, como qualquer outra coisa nesta vida, se sentir bem é tão somente uma opção, mesmo em meio a uma dor intensa.
Quando, meu Roberto faleceu, eu poderia e seria natural me entregar a dor, afinal, foi uma vida inteirinha de convivência e das boas, mas não, ele não merecia, eu não merecia, a nossa história não merecia, então, fui fazer política, usando o meu amor pela cidade, os meus conhecimentos e a recordação gostosa da sua alegria sempre que me via atuando, fosse no que fosse.
Ele adorava a minha paixão pela vida e a forma com que despudoradamente eu me entregava.
E aí, não só suavizei a dor, como ainda me inspirei para escrever um livro de 240 páginas em apenas dois meses, estes, que poderiam ter sido o meu fim, caso eu não fizesse a opção pela vida que residia em mim.
Não é simples assim, mas com certeza é possível reverter-se qualquer situação, aonde o imponderável se apresente.
Fico pensando que minhas experiências só fazem sentido serem escritas e publicadas, se fizerem sentido naqueles que me leem, até porque, somos todos muito diferentes, mas muito iguais, nas nossas necessidades existenciais, portanto, dividir momentos, sorrisos e ais, são sempre de alguma forma, estimulantes e agregadores.
A noite foi infernal, mas o dia, me fez lembrar que sorrir é preciso.
Meu Deus, quanta diferença!!!
E aí, é simples assim...
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