Tudo quanto não é assimilado não tem condições de ser entendido e, portanto, enquanto a criatura se mantém à margem de si mesma, repete e repete posturas sem sequer se dar conta, passando por toda uma existência dizendo-se sem sorte ou infeliz, nisto ou naquilo. Ora! Se não há mudança de postura, entende-se que é natural que atraia as mesmas características através seja lá do que for, portanto, viver harmoniosamente é mais do que admitir que se vive, é antes de tudo compreender que a sua vida é tão somente uma fatia de um incomensurável bolo universal, compreendendo que tudo quanto que se origine desta fatia interfere, adicionando ou subtraindo do bolo como um todo. Em resumo, a criatura precisa reaprender a considerar o fato de estar viva, o seu bem maior a ser vivenciado em detrimento de qualquer outro apelo externo.
Sentir, portanto, a vida pulsando em si deve ser o mais precioso motivo que intencione a criatura a desvendar-se, não permitindo qualquer porta fechada para o cumprimento do sagrado ato constante de absorver do universo nutrientes saudáveis, assim como oferecer a ele os seus próprios nutrientes, que são ricos e incalculáveis na diversidade de seus benefícios.
A partir dessas intenções amorosas, a criatura passa a se sentir mais leve, livrando-se de pressões que nada lhe acrescentam neste ciclo até então capenga, doentio, onde reside a emoção do medo, vibração emocional geradora de inúmeras outras emoções não menos danosas.
Viver nas trevas, permitindo que o medo e suas variantes emocionais comandem sua vida, é o mesmo que determinar a mutilação pessoal, onde por ignorância total, os sentidos são anulados e a mente corrompida. Viver nas trevas, permitindo que o medo e suas variantes emocionais comandem sua vida, é o mesmo que determinar a mutilação pessoal, onde por ignorância total, os sentidos são anulados e a mente corrompida.
Texto extraído do livro. "coerência Existencial"- Regina Carvalho-2007
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