quarta-feira, 4 de agosto de 2021

OS SINAIS

Passei grande parte de minha vida, tentando reconhecer os sinais que os meus sentidos enviavam a minha mente, mas somente ao longo do tempo, compreendi que além de identifica-los, era necessário interpretá-los e essa, era a tarefa mais difícil, pois, esbarrava sempre nos meus quereres, ainda mais, quando a juventude protagonizava os meus instantes, carregada de impetuosidade que a princípio, desconsiderava tudo que ia contra o que minha mente, afoita e curiosa, insistia em vivenciar.


E aí, bem, como acontece com a grossa maioria dos jovens, dei muitas vezes com os “burros n’água” como se diz no bom, claro e explicito português.

Fico então, nesta manhã sem chuva, mas ainda fria e sem o pleno sol, pensando que, não deveria ter sido assim, afinal, fui educada, justo para reconhecer a linguagem sensitiva, mas confesso, que sempre fui uma aluna, apenas sofrível, preferindo o lúdico das emoções, pois, esta história de meditação, definitivamente, perdia espaço para as minhas intermináveis peraltices e então, como dizia minha mãe, “passas de ano, mas sempre na beira da rabeira”. 

Muitas emoções tenho registradas como lembranças deliciosas, assim como outras tantas, que preferi jogar para debaixo do tapete, afinal, merda pouca é bobagem...

Observando a juventude atual, meu Deus, fui uma carmelita de sapatos urbanos.

Estou rindo sozinha, afinal, o mundo mudou tanto da década de sessenta para cá, que precisei me manter em contínuo aperfeiçoamento, para não perder o bonde, o troller e o metrô destas vias vivenciais, assustadoramente movimentadas.

Então, entre uma parada e outra, fui resgatando o que lá atrás, desconsiderei, dando pouca importância e hoje, acho que cheguei ao ensino médio do básico aprendizado existencial e como meu tempo está escasso, não vejo como me doutorar.

Tempo perdido, jamais... 

Vivi infinitas emoções, na companhia de meus sentidos, nem todas ortodoxas, como mandava o figurino, mas sem dúvidas, repletas de amor, extraídas da minha autêntica e intransponível paixão pela vida.

Benditos sentidos, sinais amigos e infalíveis que determinam nossas emoções e consequentes sentimentos, mesmo que fora da cartilha do politicamente correto.

Capiche!!!

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