terça-feira, 17 de agosto de 2021

FARNEL DE VIDA...

Ouvindo neste instante, clássicos da musica americana ao som de um virtuoso do Saxofone que simplesmente adoro, admito que o mesmo, sempre teve a capacidade de adentar pelos meus ouvidos e imediatamente abraçar com as modulações melódicas todo o meu ser, tirando-me aparentemente da terra e ao mesmo tempo, despertando todo o meu manancial de sentimentos amorosos.


Delícia, poder de olhos abertos ou fechados, transmutar-me para os horizontes que se descortinam diante de minha visão emocional e neles, imaginar-me o que bem quiser, indo do presente para o passado e até mesmo, para um futuro que só a mim pertence, independentemente do destino que me esteja reservado, justo, porque nada é mais forte e poderoso do que a minha capacidade imaginativa, capaz de resistir aos ventos e tempestades, amparada que se encontra na garra do tudo viver, regalando-me como uma insaciável desta maravilha que é a vida.

Loucura, insanidade total, talvez, mas como esse tal de talvez, jamais tenha me possuído, sigo como sempre, na via divina dos quereres, até porquê, não posso admitir perder um só instante, deste banquete existencial.

Se eu morrer hoje ou amanhã, morrerei abastecida, afinal, fui do céu ao inferno e pelo caminho nada deixei escapulir de meu aguçado apetite de vida.

A vida é um farnel, no qual, me regalo sem qualquer cerimônia e sem nenhum medo e quando, o sax se cala, deixando os sons da realidade serem os protagonistas, meus pés em terra firme se encontram mais leves nas suas pisadas, deste caminhar de vida e liberdade.

Então, como posso deixar de plainar nos delírios que o Sax provoca em mim ou na serenidade do piano que me transforma numa leve borboleta, capaz de ir a qualquer lugar?

Roubem tudo de mim, menos o meu direito de sonhar... 

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