terça-feira, 17 de agosto de 2021

MODO PAUSA...

Às vezes, como nesta madrugada em que acordei muito antes do galo, penso que nada mais tenho para escrever, tendo a impressão de já ter escrito tudo, tudinho que fui capaz de perceber, aprender e desfrutar, nesta minha longa e deliciosa vida.


Uma pontinha de tristeza se instala, afinal, se nada mais tenho para escrever, o que será de mim?

Como poderei viver se cada letra que transcrevo de minha mente é o mesmo que uma lufadinha de ar que me abastece, afim de no conjunto geral, manter-me ativa, saudável e absolutamente apaixonada por existir?

Recorro mentalmente à JESUS, meu parceiro das letras e do tudo mais, sempre presente em tudo que faço ou penso e ele, silenciosamente, alisa o meu coração, garantindo-me que  enquanto eu viver, as letras estarão presentes e que apenas, vez por outra, as pausas se fazem necessárias, trazendo repouso.

Repouso, pausa?

Nada disso, quero mais é movimento para manter aceso este fogo que me aquece a alma, transportando-a para os recôncavos de minha mente, e dela extraindo todas as impressões que fui capaz de armazenar, nesta minha incansável sede de emoções.

E eu lá quero descansar, quando além de mim, existem maravilhas a serem vividas, sentidas e degustadas?

São 4.45 e o galo ainda não cantou, será que assim como eu, também ele se atrasou por estar sem folego para o seu cocoricó matutino?

Estou sorrindo...  Pensar que não preciso de absolutamente nada para sorrir e ao mesmo tempo, preciso de tudo para existir escrevendo.

E nesse exato momento, assim como eu, lá está ele a distância cocoricando, só para que o universo o escute.

Que nesta terça-feira, que o atiçador de nossas lenhas emocionais esteja ativo, para que nossas almas se mantenham aquecidas, através do calor daquele amor que, até, pode estar em pausa, mas que reside em cada um de nós, esperando pacientemente que acordemos, para com ele, apreciarmos o melhor desta vida.

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