Eu poderia fingir que não me importo e até deixar corar o meu rosto ao receber atenção por onde passo, nas raras vezes que saio, principalmente depois, que meu Roberto se foi, mas não posso, pois, confesso que os paparicos que recebo, são como perfeitas esmeraldas que ornamentam a minha alma.
É muito bom receber atenção e mimos nas ruas e lojas, adoro ouvir alguém gritando o meu nome, só lamentando, nem sempre poder parar o carro, para um aperto de mãos e uma troca de sorrisos sinceros.
AH! E os acenos e alegres beijos que tento apanhar no ar, mas que com certeza não se perdem, pois, conhecem o caminho da minha gratidão.
Vaidade? Com certeza que sim...
E por que não a teria, se é fruto de um bendito retorno dantes jamais recebido nesta proporção?
Adoro circular pela minha Itaparica, comer pastel no mercado, bater papo na fila dos correios, com lindas criaturas, ganhar uma máscara na farmácia, ser atendida como uma lady no açougue do “Dai,” tirar fotos ao lado de um jovem amigo, comprar o pãozinho da padaria do Jadilson e por lá, encontrar pessoas queridas, com certeza, transforma minha manhã numa alegria sem igual.
Portanto, ser paparicada, nesta era, onde há escassez de empatia e consideração, é um luxo cujo valor é impossível mensurar.
Como então, posso sentir qualquer pudor hipócrita?
Tenho mais é que lamber os lábios, olhar para o céu e agradecer a Deus, por ter-me guiado até este local, para me transformar na criatura mais feliz deste mundo.
Itaparica eu te amo!!!
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