Neste momento em que já de pé, espero o dia amanhecer tomando o meu habitual cafezinho, invariavelmente, penso no amor e no quanto, por mais que o alimentemos dentro de nós, ainda assim, em dado momento, nos deixamos arrastar pela impaciência, exatamente movidos pela não menos insistência do desamor ao nosso redor, criando-se assim, o ciclo vicioso que domina assustadoramente os tempos atuais, levando-me a pensar que ao invés de evoluirmos no mesmo ritmo das ciências e das tecnologias, a cada instante, retrocedemos assustadoramente, como se em nós, houvesse uma trave intransponível, tornando-nos incapazes de uma convivência menos agressiva.
A barbárie se faz presente a cada esquina e por mais que se conclame a paz, mais e mais violenta as sociedades vão se tornando, transformando ações intempestivas ou camufladamente aceitáveis em estopins desenfreados de reações abusivas e grotescas.
Penso na minha Itaparica das águas mansas e mornas que a mim, tanto tem ensinado a respeito da paz e me pergunto o que justifica todo este desamor constatável?
Penso então, na liberdade, aquela que buscamos e que é a mesma que ao tê-la, nos enjaulamos, através da arrogância que nos torna algozes de nós mesmos.
Que pena que não conseguimos interpretar as mensagens do mestre Jesus...
Curvamo-nos e de joelhos o louvamos nos sem números de teatros, também a cada esquina, numa interpretação variada da mesma peça ensaiada, fazendo dele, não o nosso lapidador, mas um escudo grotesco para que possamos impor a nossa estúpida ignorância.
E como lobos e touros irracionais, duelamos nas arenas do cotidiano, aonde todos são irremediavelmente perdedores.
Que pena meu Deus...
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