segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

O ANO NOVO CHEGOU...

Acordei pensando nas aparentes felicidades demonstradas nos festejos relativos a passagem do ano e tentei associá-la ao estado emocional da serenidade, mas confesso que me foi impossível, pois, só consigo enxergar a felicidade em momentos pontuais em que é capaz de elevar o ser humano aos pícaros de si mesmo, tirando a razão da existência do tudo mais, seja bom ou ruim, só havendo lugar para aquele momento, pessoa e ação, capaz de dominar a mente, elevando o espírito ao mais alto patamar do prazer e que pode se estender de forma entusiasmada por algum tempo, trazendo uma espécie de calmaria que aquieta a mente, reforçando a crença de que a serenidade se instalou. 

Será?


Penso que para que a serenidade se instale, seria preciso que a criatura em questão, pudesse encarar as decepções, as frustrações, os enganos, as perdas sem que os prazeres, até então sentidos, não sofressem abalos a ponto de não possuírem estrutura de real apoio à criatura, evitando maiores danos, inserindo na mente desta criatura a compreensão de que, existem alternância comportamentais nela e nos demais e que nem tudo é ou será como gostaria que fosse, afinal, o diferente sempre existirá.

Esta conscientização é como um freio amoroso de sobrevivência pessoal, assim, como uma demonstração  de respeito ao outro, que estabelece limites em qualquer intervenção em relação a si e ao outro, aceitando sem culpas o que não lhe é possível ser modificado, mas também, pode vir a ser um motivador ao estabelecimento de uma harmonia, capaz de apaziguar todo e qualquer relacionamento, a partir de si mesmo, não como um jogar de toalha, numa desistência incapacitante, mas numa atitude, seja cognitiva ou não, de que, é necessário por uma questão de bom senso, com o objetivo de manter-se equilibrado e sereno, aceitar que em si e nos demais, existem forças, oriundas da própria essência, que se apresentam, além de qualquer intervenção, mesmo que esta, esteja acompanhada da melhor das intenções e de um incalculável amor.

A constatação da realidade, caminha ao lado da sabedoria e ambas, são margens seguras, que garantem à criatura humana a bendita serenidade que inspira à um caminhar mais empático e consequentemente, menos conflituoso.

Quando a serenidade se instala, deixa de existir os julgamentos, existindo tão somente, a aceitação de que nem tudo, é possível de ser modificado, mas garantindo forças positivas, para com pinceladas de cores serenas, vibrantes e harmoniosas, ir modificando tudo quanto, se mostre desejoso de mudanças.

E esse desejo de mudanças se evidencia em alguns momentos, onde, a pessoa em si ou o outro, se descuide e deixe escorregar as capas dos disfarces sociais, afinal, não é possível, esconder por todo o tempo, as realidades.

Portanto, observe-se, assim, como ao tudo mais e compreenda que os dias que se sucederão, só lhes trarão felicidades e paz interior, próprios das mais expressivas e compensadoras conquistas existenciais, se houver a tenacidade lúcida em transformar horas, dias e meses em um bendito Ano Novo.

E aí, lembro de Mateus 5.37-“ Seja o seu 'sim', 'sim', e o seu 'não', 'não'; o que passar disso vem do Maligno" que, pessoalmente interpreto como as trevas que acompanham o medo e a covardia.

A felicidade é um sentimento pontual e passageiro. Serenidade é um estado de plenitude em aceitar a si mesmo, a vida e as pessoas como elas são, sendo grato ao já conquistado e mantendo sempre uma atitude realista, positiva e sábia, em relação a tudo.

Bom dia!

Regina Carvalho- 01.01.2024 Itaparica

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