Escutando neste início da noite, Luiz Miguel, penso que só existe uma receita que é amar muito, sem limites para se chegar na minha idade, sorrindo e se achando uma bênção de Deus.
Agora a pouco, diante do espelho do banheiro, admirei os meus sedosos cabelos brancos, me achando linda...
Baia, minha adorável Baia, lá da panificadora do Jadilson , bem sabe interpretar meu sem jeito pra tudo, sem o meu Roberto.
Hoje ela me disse; A senhora ainda não se achou...
Verdade...
Três anos e seis meses e ainda fecho os olhos para deixar desfilar em minha mente os infinitos momentos, simplesmente lindos e fortes o suficiente para nublarem qualquer diferença entre nós, qualquer chatice, qualquer situação que provavelmente, fosse para outros, motivo de separação.
Não pra nós, que pra tudo tínhamos um jeitinho todo especial de superarmos e esse, nada tinha de milagroso, apenas, um tesão inabalável, não apenas físico, mas principalmente de alma, na certeza absoluta de que o que importava era estarmos juntos.
Entre tapas e beijos, nos amamos por todo o tempo e esse elixir de vida amorosa, permanece ativo em meu todo de criatura humana.
Como me achar sem ele???
Durante esse período sem ele, já fui ao céu e ao inferno mil vezes, mas tanto na ida como na volta, sorrio, pois, o amor me acompanha, calçando meus pés com as almofadas da resiliência, para que minhas aterrisagens não me firam, assim como, minhas asas imaginativas se reciclem com a doçura do amor mais bonito do mundo que sem medo ou qualquer tipo de aprisionamento emocional, doamos um para o outro.
Crescemos e envelhecemos juntos e sequer nos apercebíamos das rugas que teimosamente, declinavam o nosso físico, jamais as nossas almas de inseparáveis amigos.
É...
Eu ainda não me achei, mas ainda assim, sorrio...
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