Percebo que aos poucos e agora, mais do que nunca, não acho mais nada a respeito seja lá, do que for...
O senso lógico dos meus pareceres, me soam absurdamente ridículos e a força dos argumentos acumulados e atualizados sem que perdessem a lucidez de suas essências, não fazem mais sentido serem ditos, frente aos discursivos que explanam as supostas verdades contemporâneas de mais fácil assimilação, por uma massa de mente preguiçosa.
Estará a demência se apossando, trazendo consigo o cansaço e este, minando a minha mente pensadora, critica e analítica?
Ao longo da vida, fui aprendendo não só a conviver, mas acima de tudo, a não temer os porquês, que brotavam como profundas cenouras, num campo de hortaliças, mas hoje, parece-me esforços inúteis aos primarismos das conclusões, ora apresentados.
O fugaz é como uma nuvem expeça de fumaça que embaça as mentes, sufocando as realidades grotescas de seus efeitos diretos e colaterais, abrindo espaço para os socorros imediatistas, que não curam e muito menos estrutura, mas oferecem a falsa sensação de segurança e bem-estar.
Não acho mais nada, apenas, solto balões de ideias e valores, na esperança própria dos desesperados em que alguém, leia e se dê ao trabalho de pensar a respeito e, até mesmo, que se enxergue, entre os infinitos compromissos que o faz pensar, que seja alguém importante em meio a um conjunto diverso e volumoso de sem rostos e almas, e o motive a repensar sobre si mesmo e no contexto em que se encontra inserido.
Não acho mais nada, mas ainda sonho com uma humanidade mais lucidamente humana que compreenda a sua importância, enquanto, partícula deste incrível universo, chamado vida...
Regina Carvalho- 13.01.2024 - Itaparica
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