sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

MEMÓRIAS...

Ontem, conversando pela manhã, por telefone com a querida amiga Rosemary, ela me disse que seu namorado ao me reencontrar depois, de algum tempo me achou mais alegre, bonita e cheia de vida, o que indicava que eu deveria estar namorando.

Rimos muito, afinal, ele ainda é do tempo em que uma mulher para se sentir feliz, precisa estar com um homem a tiracolo.

Claro que concordarei sempre com esta premissa, sempre terá seus méritos e valores, mesmo que antiquada aos moldes atuais, mas vamos conversar sem preconceitos, que estar com um delicioso homem, é bom demais...


A questão que é sem dúvidas, também pode vir a ser um problema, pelo menos pra mim que sou e sempre fui, extremamente  criteriosa e realista, não ser, uma tarefa fácil, ainda mais na minha idade, portanto, como adoro viver e mais ainda ser feliz, desenterro todos os dias, deliciosas lembranças de minhas estripulias que se eternizaram por terem sido vivenciadas intensamente e que, ao delas lembrar, descubro encantada que posso revivê-las, colorindo o outono de minha vida, reforçando a certeza de que fui por todo o tempo, até mesmo, nos mais difíceis e complicados, brindada com a generosidade de Deus que sinto ser um conjunto incrível de energias universais, com instantes benditos de puríssimos e genuínos gozos terrenos e existenciais.

Mudamos de assunto, mas o comentário ficou na minha cabeça e, depois disso, reparei que passei a me observar mais, concluindo que realmente, estou mais leve, mais sorridente e isto, é muito bom...

Se não bastasse, mais tarde, meu querido Hildegard Gentil, mandou-me um vídeo de casais dançando numa calçada em Paris e imediatamente, voltei aos meus 17 anos, linda, pura e repleta de sonhos, dançando com o meu Roberto na calçada da subida da estrada do Joá, final do Leblon, no Rio de Janeiro, inspirando a outros casais a se juntarem a nós.

E aí, pude avaliar o quanto, ele e eu, construímos de memórias rejuvenescedoras...

Como não me energizar com a felicidade de ter encontrado em minha ainda garotice, um rapaz incrivelmente criativo, que sabia como ninguém mais, como me levar ao encontro das estrelas?

E quando, uma mulher é levada às estrelas, pelos caminhos do simples e original, aprende a olhar o cotidiano com mais respeito e compreensão, aceitando-o em suas alternâncias, sem buscar paliativos, ou seja, lá o que for, para uma aparente solidão.

Mas que estar com um homem incrível, capaz de sair do lugar comum, independentemente da idade que tenha, apenas, para ser genuinamente feliz ao nosso lado, é e será sempre, uma experiência maravilhosa, sem espaço para dúvidas e discussões...

O problema é achar esse homem...

Será que alguns homens, também sentem dificuldade em encontrarem aquela mulher, disposta a visitar o céu, só para conhecer mais de perto as estrelas?

Provavelmente...

E aí, tornei-me uma mulher atemporal e com autonomia em se tratando de estar bem, afinal, tenho a idade que a minha memória é capaz de resgatar e me oferecer, sem perder o foco da minha realidade.

Portanto, literalmente no meu caso, recordar e viver, mas claro, seletivamente, só recordo o que foi especialmente bom.

Penso então, que é quase impossível que as jovens de hoje, venham a ter algum tipo de manancial de momentos incrivelmente felizes em meio, as muitas violências , controversas e imediatismos que as cercam.

Que pena...

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