Passei boa parte de minha vida, tentando entender um pouco a mente humana e não previ o quanto, cada entendimento me envolveria, abrindo mais e mais portas em relação as distorções.
O negacionismo que é uma “atitude tendenciosa que consiste na recusa em aceitar a existência, a validade ou a verdade de algo, aliado a imensa admiração que sempre tive em relação a potencialidade humana, levou-me a cometer um erro primário em simplesmente, oferecer o benefício da dúvida, não considerando objetivamente, tudo quanto fui percebendo, crendo que sempre existe um lado que além de criativo e inteligente, também pode ser lado bom e amigável, capaz de reconhecer sentimentos como gratidão, carinho e respeito, esquecendo-me que a falta de empatia, não abre exceções. e isto, sempre me atrasou os registros ou estendendo-os até a minha própria exaustão.
Jamais eu diria que me arrependo até porque, acredito que até este meu equívoco teve um propósito maior que foi o de compreender com mais profundidade os recôncavos das mentes que inegavelmente me fascinam.
Jamais direi que me senti usada, porque, apesar de tê-lo sido, não foi capaz de danificara minha essência, muito pelo contrário, reforçou enormemente, toda a minha natural vocação em relação a observação e preservação do tudo quanto, sempre me motivou a ser exatamente o que sou, que não deve ter sido pouco, afinal, dei trabalho a muitos que tiveram que exercitar suas mentes para me envolverem em suas tramas pessoais e isso, se me desgastou, num desmembramento de entendimentos e, também em notórias perdas financeiras, abriu-me um manancial de conhecimentos empíricos que se somaram a uma obra belíssima que tive a oportunidade de escrever, mesmo que a maioria desconheça, o que só posso agradecer a espiritualidade, já que se meus manipuladores tivessem lido e entendido, não exibiriam tão, ostensivamente os seus propósitos, talvez, até, tivessem tirado mais proveito do meu inegável baú de conhecimentos variados.
Por que estou escrevendo sobre isso?
É que hoje, fechei a minha tese de doutorado sobre a natureza humana no seu aspecto mais primorosamente vil de convivência, justificada em detalhes os muitos aspectos que corroboram quanto, a apresentação macabra, facilmente detectada em qualquer sistema social que possa ser devidamente observado, onde a violência, camuflada com sorrisos e palavras gentis, esconde a perfídia de um toma lá dá cá, sem regras e muito menos parcimônias.
Minha decisão em tornar pública a conclusão de minha tese, certamente, não me abrirá portas e muito menos, me conservará alguns “amigos”, mas garantirá a plenitude que há muito reside em mim.
Agradeço cada olhar, palavra e atenção dissimulada que me foi dirigida.
Obrigada pela força da indiferença que se esforçaram em ter, mas que custou, horas e horas de profunda rejeição, o que inegavelmente, dispendeu infinitas energias, que fui absorvendo e por não ter barreiras que as detivesse, atravessaram-me sem que pudessem criar danos em minha estrutura emocional e psíquica.
Gratidão por terem sido modelos vivos, onde pude traçar os entendimentos de alguns modelos do inadequado, até porquê, em meio a esta trajetória, servi-me de suas companhias e ensinamentos, podendo também vislumbrar o alto grau de infelicidade existente em cada uma, fazendo deste tema, um compêndio de mais de 20 livros, sobre a correlação do homem e a natureza, quanto ao vasto material disponível a ser utilizado para fazer brotar o amor, único caminho possível para fazer desta passagem terrena, uma exitosa experiência evolutiva.
Sou e sempre fui um ser humano voltado à vida e a sua preservação, portanto, também sempre disposta a moldar-me quando necessário, afim de dela colher, grandes e preciosas experiências.
Obrigado a todos e a tudo que tive o privilégio de conviver até o momento, principalmente, nesta minha preciosa Itaparica, modelo vivo do quanto, uma cidade e um povo, podem ser desfigurados em suas benditas essências, pela ganância, mas principalmente, pela ignorância da importância de suas vidas.
“Onde houver fome e indiferença, todos se sentirão em algum aspecto, miseráveis, mesmo que estejam com suas burras repletas de ouro e marfim”.
Regina Carvalho- 03.01.2023- IItaparica Cidadania
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