terça-feira, 19 de setembro de 2023

TUDO POR AMOR...

Estou nesta manhã, tentando em meio as músicas sensivelmente amorosas e a toda a paz que me cerca, encontrar palavras que sejam capazes de explicar o quanto, me foi difícil ter nascido no miolo do requinte de uma Ipanema progressista e chique, com a influência espiritual de uma Guapimirim linda e liberta, tendo a alma de um apenas beija-flor e a leveza de uma apenas, borboleta.

Oh! Deus!

Como me foi doloroso sentir minhas asas sendo arrancadas e meu jardim íntimo agredido, sempre com a melhor das intenções.

Fui amassada e modelada, como um barro qualquer, criaram em mim uma beleza mais adequada

Pra quem? 

Não pra mim...

Eu era livre e minhas emoções gritavam pela liberdade que sufocavam.

O que sobrara daquela menina, à beira do regato?

Uma vida de reconstrução...

Ainda hoje, o formão das lembranças apara aqui e ali, deixando ficar, só o original.

E pensar que tudo foi por amor...

Por que, por que, pra quê?

Por que atraímos pela nossa luz e esta, depois, precisa ser insistentemente apagada para tão somente, compor um lustre dos salões da hipocrisia?

Tudo em nome do amor

Será?

Possível, afinal, ainda se mata por amor e em nome de Deus... 

Que humanidade é esta que insiste nas fantasias, rasgando constantemente, as vestes da naturalidade?


 

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