quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Quem sou eu?

Ninguém, num universo

Gigantesco de terras, mares, rios, matas e gente.

Quem sou eu?

Tudo, num universo

Gigantesco de mente, alma e cidadania.

Quem sou eu?

Em vontades e quereres pátrios

Em meio aos labirintos complexos e  infinitos das improbidades

Minha voz e minha pena se perdem no vazio

Da desesperança.

Na solidão da dura realidade,

Nem mesmo reconheço as cores

De minha bandeira sem honra

Que rota, flamula no espaço das mentiras

Sob um céu descolorido pela fome

De um povo serviu e inútil que,

com voz ressequida, grita por uma liberdade que desconhece, sonha com uma justiça inexistente, assim como pensa crer numa democracia de fantoches, acreditando numa constituição manipulável.

7 de setembro

Independência de quem?

Liberdade pra quem?

Onde a fome, a miséria e a ignorância são os postais de grandeza, não há dignidade pátria para se comemorar, tão somente, retóricas vergonhosas para se lamentar.



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