Ninguém, num universo
Gigantesco de terras, mares, rios, matas e gente.
Quem sou eu?
Tudo, num universo
Gigantesco de mente, alma e cidadania.
Quem sou eu?
Em vontades e quereres pátrios
Em meio aos labirintos complexos e infinitos das improbidades
Minha voz e minha pena se perdem no vazio
Da desesperança.
Na solidão da dura realidade,
Nem mesmo reconheço as cores
De minha bandeira sem honra
Que rota, flamula no espaço das mentiras
Sob um céu descolorido pela fome
De um povo serviu e inútil que,
com voz ressequida, grita por uma liberdade que desconhece, sonha com uma justiça inexistente, assim como pensa crer numa democracia de fantoches, acreditando numa constituição manipulável.
7 de setembro
Independência de quem?
Liberdade pra quem?
Onde a fome, a miséria e a ignorância são os postais de grandeza, não há dignidade pátria para se comemorar, tão somente, retóricas vergonhosas para se lamentar.
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