terça-feira, 12 de setembro de 2023

ENSINANDO E APRENDENDO

Amanheci com a mente dispersa e numa tentativa desesperada, foquei em alguns dos muitos textos que vida fora escrevi e a cada lido, frustrei-me.

Dez, trinta, cinquenta anos de escrita, terão sido lidos, ao menos observados?

Chove lá fora e os sons se misturam e os aromas também, num círculo vicioso por mim, infinitamente observados, pautados e depois, esquecidos.

Pensei vida afora na criança e no aprendizado, na família e na escola.


Dizem que trocaram as vestimentas, mas como, se os observo sempre iguais?

Como então, mudou?

Estarei louca ao constatar que meus ais de antigamente, ainda soam se não pelas lousas esquecidas, mas pelas telas da tecnologia?

O mundo mudou, mas a forma de ensinar, não...

Como aprender entendendo e considerando, se sequer a criança se reconhece como parte integrada de um todo completo?

Até quando, será necessário errar para finalmente se entender, que sala de aula é prisão, que fórmula pronta é indução e que para o aprendizado é preciso liberdade?

 O pensar precisa de espaço, conhecimento exige busca e a criatividade precisa de motivação.

Esses são fatores que juntos, modelam os fartos caminhos de todo e qualquer aprendizado.

Disciplina não é rigidez e sim compromisso...

Compromisso não pode ser castigo e sim, prazer...

E ambos só podem ser validados, se livres estiverem

É preciso despertar as variadas curiosidades, não para serem esclarecidas, mas para serem analisadas.

Ensinar e aprender não são chumbos fundidos, mas rios caudalosos atravessando pastagens, florestas e desertos, numa adaptação constante, sob o amparo das benditas margens que seguem pelo mesmo caminho, contendo os possíveis vazamentos... 

Ensinar e aprender é puro amor...

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