Meus embates com o divino Deus
De assíduos, tornaram-se históricos
Afinal, jamais concordei
Com esta dualidade
Com a qual, me forjou.
Fez de minha alma, doce ternura
De minha mente, sagaz aventura
De meus modos, enganoso recato
De minha imaginação, perigosa tempestade
Capaz de inundar, soterrando o sempre igual
Resgatando a cada instante, o inusitado
Destino cruel, este que me destes
Oh! Deus, senhor dos ventos e das tempestades
Do sol ardente e das noites estreladas
Dos mares bravios, dos suaves regatos
Das flores cheirosas, dos espinhos afiados
Precisava meu Deus, dar-me em completude
A dualidade de tuas criações?
Fizestes de mim, um universo variado
Uma gazela frágil, uma brava leoa
Uma menina dengosa, uma mulher destemida
E ainda não satisfeito, colocastes em mim,
consciência?
Brincastes comigo ou fizestes de mim
Teu experimento?
Seja lá, o que tenha sido
Esquecestes de fazer-me muda
Para calada não questionar
Esse universo de mulher
Que em certa hora de laser absoluto
Resolvestes criar.
E ainda não satisfeito, só para arrematar
Fizeste-me poeta...
E é como tal que te contesto
Enviando-te em textos e versos
As minhas dúbias vibrações
Meio brava, meio amorosa
Meio paixão, meio razão
Meio equilíbrio, toda amor...
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