segunda-feira, 18 de setembro de 2023

BRASIL ...CELEIRO DO CIRCO SEM O PÃO...

Em tardes como as de hoje, depois de fazer o “minha culpa” pela constante alienação do pratico de qualquer natureza, com exceção de dois polos, numa dualidade espantosa, pois, consegui até os 43 anos ser uma águia nos negócios e ao mesmo tempo, uma disciplinada escrevinhadora, registrando as belezas da vida, numa obsessão em não deixar passar sem registro, almas e emoções, que sabia por pura intuição, existirem em tudo que respirava.

Como não sabia como parar a gananciosa empresária, e desta parada eu precisava, a vida generosa me parou, deixando-me a mente e os dedos para escreverem ou digitarem meus encantos e meus ais.

 E cá estou, trinta anos depois, aparentemente sozinha, entre uma fominha que aperta o meu estômago e a compulsão em apenas, escrever sobre a minha imensa tristeza ao constatar que o tempo se esvai e os avanços genuinamente humanos, nas áreas de maior importância para o país e para o povo, permanecem estagnados nas mesmices de sempre, fazendo aumentar a fome e a miséria, mesmo que a mídia safada e traiçoeira, as disfarcem em manobras bem articuladas.


E pensar que só estamos descendo a ladeira, muito ainda há de vir...

Meu sentido de pertencimento só é suplantado pela impotência que mantém a mim e outros tantos, Brasil a fora, chumbados pela intolerância e a força bruta de um regime que se alterna no disfarce do fraudulentamente democrático.

Confesso que estou sentindo medo, pelo crescente emburrecimento do povo, como se cada cidadão mesmo tendo escolaridade, transforma-se em sanguessuga, robô comandado ou vampiro vagante sem rumo, devorando sem critérios, tudo que possa lhe servir de sobrevivência, totalmente idiotizados.

Assusto-me por enxergar a brutalidade das emoções invadirem mentes verdadeiramente sofridas, transformando-as nas condições de suas contas bancárias em escravos de um sexo sem real tesão e prazer, de bebidas e drogas para disfarçarem seus desajustes e de um convívio familiar, restrito ao estritamente necessário, para que a imagem do “sucesso de margarina” se mantenha como um outdoor publicitário.

Resta-me rogar a Deus, piedade para esta terra linda e rica, hoje, celeiro do mundo, do pão e do circo, mas balaio permanentemente vazio, para o seu colorido e cantador povo.

Será que um dia, seremos um país sério com um povo educado e devidamente alimentado?

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