Sempre à primeira vista, nunca o depois, foi capaz de substituir o instantâneo que como um vulcão eclode, fazendo jorrar de si, as larvas ferventes da paixão.
Larvas amorosas que não ferem, mas aprisionam sob tua expeça crosta o melhor de mim, impedindo que desista da sempre ardorosa espera.
Ao contrário dos efeitos paralelos dos vulcões terrestres,
neste solo que ora manténs severamente rígido, brechas existem por onde brotam as sementes viscerais do meu amor, que também eclodem em flores, oxigenando o nosso todo de uma apenas, paixão ardente.
Na primeira vista, em que te quis
cegaste-me com o jubilo da tua imagem
E como um solo fértil, entreguei-me a ti
Na submissão de uma frágil mulher
com o poder de uma selvagem fêmea.
E como flor solitária da terra vulcanizada
Regozijo-me no prazer de tê-lo em mim...
E se como poeta, tudo posso
Transformo-te de larva em mel
De solo duro em macia carne
Na qual, resguardo o pólen da fidelidade
Não desistindo de ti...
Regina Carvalho- Itaparica- 13 de julho de 2023
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