Sentada no balanço da varanda, miro o céu, não enxergando estrelas com minha miopia, mas sensível, busco e encontro a lua crescente e de repente, sinto-me como ela, numa nova fase, meio solta, ainda não totalmente formada, mas tenazmente, convicta de que estou aonde deveria estar, fazendo exatamente o que me apraz e deliciando-me com esta atmosfera displicente de minha Itaparica.
Penso então, na importância de minhas escolhas e na resistência em defender cada uma delas, registrando-as em pisadas leves, mas firmes o bastante para deixarem pegadas que como páginas escritas com amor, vão contando a minha história.
Às vezes, sinto-me como uma poderosa lua cheia, porém não escapei de mirar-me como lua minguante, todavia, foi como lua crescente que atravessei a maior parte de minha vida...
E ainda agora, no outono de minha vida, cá estou me identificando com esta grandeza em contínuo crescimento, numa sempre vontade de ampliar a minha existência com a luz de um cosmos vigoroso que me abastece, numa constante mutação evolutiva.
E de luar em luar vou vivendo sem deixar de sonhar uma lua sequer, mesmo não estando com você.
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