quinta-feira, 20 de julho de 2023

ABRAÇANDO A VIDA...

Os pardais amanheceram agitados, fazendo festa logo cedinho nos arredores de minha casa, acordando-me antes do dia clarear.

Decidi escutar música para afastar de vez, a ainda sonolência, coisa rara de acontecer, já que costumo ser bem desperta e animada, como se em mim houvesse um botão de liga e que com a mesma precisão desliga, podendo nos tempos atuais, ser observado que também desliga no meio do dia, entre as 12 e as 13 horas, crendo ser coisa de velho, ter uma pequena pausa para descansar o motor.

Esse hábito, jamais me abandonou e a culpa deste vício é de minha mãe que carinhosamente, deitava-se ao meu lado e me fazia cafuné, até que eu relaxasse para um tranquilo repouso após o almoço, estratégia para vencer minha resistência e que foi copiada pelo meu pai e depois por meu Roberto, afim de induzir-me ao sono, já que perceberam o quanto eu gostava de ser alisada, o que me leva a pesar que de repente, tenho semelhança com os felinos.

Gosto tanto do toque que até fazendo as unhas, cochilo, não é verdade Joana, minha manicure a mais de 10 anos)?

E aí, penso neste instante, o quanto foi importante a relação afetiva familiar em minha formação, onde os toques eram constantes e estimulantes ao relaxamento e alegria de simplesmente abraçar, beijar, que traziam a sensação de aconchego, tudo que a vida agitada dos tempos atuais, não tem permitido.

Que pena!!!

O que será da humanidade, quando a minha geração, gostosamente afetiva, sonhadora e romântica, já não mais existir com seus toques e afetos?

Estamos indo embora e tudo que podemos deixar, são nossos legados de vida, amor e liberdade, equilíbrio, razão e amor...



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