segunda-feira, 17 de julho de 2023

AMOR E RESPEITO

E aí, enquanto ainda com a cara amassada depois de um longo e tranquilo sono, acordo nesta segunda-feira e sigo o meu ritual alimentício que começa com um cafezinho pingado e um tempo depois, se completa com um iogurte com granola, uma banana amassada com aveia e mel ou uma deliciosa vitamina de frutas que, no caso de hoje, foi com bananas e leite.

Enquanto a preparava, pensei nas escolas e nas crianças que em sua maioria, chegam para estudar com suas barriguinhas vazias ou fracamente nutridas e é impossível não trazer a consciência as inúmeras denúncias que fiz, li ou escutei ao longo da vida em relação aos desvios que foram praticados pelas secretarias de educação, seja daqui ou de qualquer local deste Brasil.

Ainda me lembro da vergonhosa exposição nacional, quando, a Rede Globo esteve em nossa cidade para atestar denúncias em relação a merenda escolar.


Você que me lê, pode até ter esquecido ou sequer sabe do ocorrido, por ser jovem o bastante na época ou não se ligasse nas infinitas mazelas que gestões e políticos tem por hábito cometerem com suas improbidades, mas eu lembro, até porque, em seguida, meu Roberto, então diretor da Rádio Tupinambá, foi pessoalmente, conversar com a então, senhora secretária que não preciso mencionar o nome e muito menos o do prefeito em questão, comprovando assustado, já que era um humanista como eu, a situação vil da alimentação escolar e o que era feito com os recursos recebidos e o não cumprimento das normas estabelecidas pela constituição e pelo estatuto da criança e do adolescente.

Enfim, essa chaga absurda em malfeitorias públicas, é como uma praga que deixa metástases corrosivas aos sucessores, assim mantendo uma população permanentemente carente e refém dos mal tratos e ilusórias atenções que idiotamente é chamado de gestão Pão e Circo, quando na realidade, só o circo é oferecido com consistência.

Por quê, tudo isso acontece debaixo de nossos narizes e a outra metade da população que come três vezes ao dia, não é capaz de se unir para por fim a esta continuada malfeitoria?

Por quê, permitimos e muitas vezes aplaudimos um calçamento, uma festa popular, um quás quás quás qualquer, fingindo que não vemos, esta desumanidade social?

Que travesseiro é este, onde descansam as cabeças de Governadores, Prefeitos, secretários e vereadores, sabedores e usufruidores da miséria humana?

Que raça é a nossa de cidadãos débeis que nos cumpliciamos aos criminosos com o nosso silêncio e em seguida, dobramos nossos joelhos nas igrejas e Templos como se fiéis a Deus fossemos?

Sem falar que ainda existem aqueles que por cega idolatria ou uns trocados a mais, ainda fazem dos raríssimos denunciantes, mazelentos Judas a serem queimados.

Frutas das estações, caixas de leite em pó, sacos de arroz e feijão e um pouco de amor e respeito, não custam tão caro e muito menos, fazem mal a ninguém.

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