sexta-feira, 7 de julho de 2023

ENLOUQUECEMOS OU O QUÊ?

Gostaria na altura de minha vida de apenas, escrever sobre pássaros e borboletas e com esses escritos, desanuviar as tensões de quem me lê, todavia, apesar de estarmos no mês de julho, a força e o volume das marés de março dos surrealismos, inundam as cidades brasileiras, devastando sem qualquer piedade as mentes e  as almas dos jovens, com a conivência dos mais velhos, no que se incluem os políticos atuantes que, enxergaram e usam há muito, os absurdos que os modismos, a ignorância, o desapego, o desamor e a baranguice, são capazes de produzirem.

E aí, na noite de ontem, chegou a mim, um vídeo que circula na internet, mostrando a Festa do Boi de Parintins, no Amazonas, a mais popular e cultural do norte de nosso país, referência nacional, que aconteceu no último dia 29/06/2023, tendo em sua abertura, a cantora "Ludmilla", fazendo apologia ao "CHUPA A XOXOTA", mais que um absurdo pago com o dinheiro público,  foi e continua sendo, uma demonstração explicita de que, chegamos ao fim dos tempos, onde honra, respeito, decência e pudor, já não fazem mais nenhum sentido.


De repente, como não sentir um enorme desânimo? Afinal, pra que escolas, ciências, poesias, história cultural, filosofia ou qualquer outra informação, se basta uma tecnologia capaz de espalhar o mal gosto, afim de manterem a cada dia, mais alienadas as mentes de quem, já nasceu sobre a hedge do escracho?

Ao mesmo tempo, tornam-se incompreensíveis as demonstrações de espanto e medo, frente as infinitas violências que se apresentam a cada dia, mais cruéis, que devastam o maior bem, depois da vida de um ser humano que é a liberdade.

Pergunto-me então: Que ser humano é este que perdeu o mínimo senso de respeito próprio?

Que criatura que se diz racional, pode aceitar e ainda aplaudir, o chulo, fazendo dele sua bandeira das lógicas sociais?

Penso que ao sermos adjetivados como Ladrões e Piranhas, e ainda assim, nos sentimos valorizados e estimulados, realmente, perdemos o direito de questionarmos qualquer outro tipo de absurdo que as práticas sociais possam apresentar.

Que porcaria de seres humanos somos nós, se já não sabemos diferenciar o bonito do feio, o bom do mal, o certo do errado, reduzindo tudo num escroto nacional? 

Que país é esse e em que animal bestial, está deliberadamente,  nos forjando?

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