segunda-feira, 31 de julho de 2023

ADORO OS CONFETES, SIM SENHORES...

Estou aqui pensando o mesmo que sempre pensei, mas nunca expressei, até porque, tinha como ainda tenho, medo em mexer num tabu muito poderoso, levando meus leitores a pensar a respeito, já que estou desmistificando uma gostosa ilusão sobre a grandeza humana.

Essa minha conscientização, não chegou hoje ou ontem a minha razão, mas há exatos 30 anos, quando sozinha com meus pastores alemães no sítio de Caeté e fazendo uma espécie de retiro espiritual, descortinei a minha alma e fui rasgando um a um os véus da hipocrisia que eu havia permitido a princípio por ingenuidade e depois, por ambição e vaidade que adentrassem em minhas atitudes e consequente visão de minha vida.

A partir daí, nunca mais me enganei crendo-me boazinha, altruísta, desinteressada disto ou daquilo, assim quanto em relação aos demais.


PACIÊNCIA É O QUE NÃO ME FALTA

Começo a semana pensando no quanto é difícil exercermos a cidadania com coerência, porém, mais difícil ainda, é nos fazer entender, dentro da seriedade que nos propomos, quando vivemos num país dividido e de intenções comprometidas com a cruel luta pela sobrevivência ou esperteza.

Todavia, sou paciente e não me incomodo em repetir quantas vezes for necessário, mesmo ciente que só serei entendida por todo aquele, cuja mente esteja disposta a compreender, já que é notório o negacionismo que o endeusamento induz, não havendo fatos comprobatórios que os convença.

1- Não sou contra o PT e seus aliados e sim aos seus membros que optaram em lesar a pátria e para tanto, foram julgados e condenados por três instâncias jurídicas e atestada pelo STF que depois, para surpresa de uma nação, tudo cancela apontando ter havido erros. Penso então, que vão errar assim no inferno. Isso é incabível em qualquer mente que seja capaz de manter a lógica acima da paixão ideológica ou notórios interesses de todas as ordens.


BENDITO AMOR...

O dia amanheceu lindamente ensolarado, depois, de muitos dias cinzentos e chuvosos, apenas para nos lembrar que nada é sempre igual e que a vida incansável se renova.

E o casal de pardais, faz da grade da janela, seu espaço para exercitarem o ruidoso namoro, obrigando-me a ficar quietinha, apenas movendo meus dedos para registrar essa maravilha, receosa que um movimento em falso os assuste, fazendo-os buscarem outra freguesia.

Penso, já que pensar não faz ruído, que o amor com seus exemplos cotidianos, estão ao nosso redor por todo tempo, se exibindo despudoradamente, estimulando-nos a também amar...

Mas quem tem tido tempo para observar e ainda os copiar, sem que precise temer ou criar, apenas se entregando...

Bendito sol, bendita natureza que trouxe à minha janela, o bendito amor no seu apenas, dar e receber...

BOM DIA!!!



O TEMPO PASSA...

Nem sempre de forma harmoniosa para todos, todavia, que coisa bonita é vê-lo passar sem mágoas dos desgastes naturais que vai causando pelo caminho.

Dentre as coisas extraordinárias que fui observando e aprendendo a admirar ao longo destes 15 anos de Itaparica, certamente, as pessoas foram as principais, numa combinação mais que perfeita com a força e a beleza poderosa deste mar que a cerca, formando o mais belo espetáculo às minhas retinas e a minha alma.

Esse conjunto de sensível beleza, fez brotar em mim pela primeira vez em toda a minha vida, o bendito senso de pertencimento, fazendo de mim, uma constante cuidadora, repleta de forças para superar meus próprios desgastes que o tempo safado, tem criado pelo caminho.


sexta-feira, 28 de julho de 2023

Fonte de Vida

Mais um saiu do prelo, graças a Deus e a querida amiga paulista Cida Paglarin que editou e ao meu talentoso filho, Luiz Claudio Carvalho que ilustrou.

Nada absolutamente nada somos capazes de produzir sem que outras pessoas estejam conosco em parceria.

Agradeço a todas as energias do universo que me inspiraram a escrever este livro infantil que trata da água, do ar e de tudo que ganha vida, através destas fabulosas riquezas naturais que precisamos preservar.



Viver é tão somente um único vôo

 Sentada em minha varanda, neste amanhecer lento de inverno, faço o que mais gosto, que é observar a chegada dos pássaros, praticamente um a um na variedade de suas espécies, alguns mais agitados e ariscos que outros. São os meus cantadores do universo, que sem pedir licença invadem meu quintal, pousam em minhas árvores, num abuso aparentemente sem limites que naturalmente me fascina.

São estas criaturinhas de aparência frágil que, a cada amanhecer, reabastecem o meu imaginário, pois me aproprio de suas asas, também sem pedir licença e simplesmente vôo na busca constante do alpiste nutridor, que guardo seguro no fundo de mim mesma. E nesta troca cotidiana, ambos nos alimentamos, reabastecendo cada qual as suas necessidades numa interação perfeita, certamente onde o "me dê licença" não existe, porque de verdade não há invasão de limites .

E nesta troca de energias fantástica onde sou tão beneficiada, sorvo a vida na sua mais pura expressabilidade, fazendo-me mais resistente para o enfrentamento do sistema no qual habito, quando o dia finalmente amanhecer e faltar-me tempo e condições de tê-los tão próximos a mim a lembrar-me por todo o tempo que viver é tão somente um único vôo, fracionado em instantes, cabendo tão somente a mim eterniza-los, através do meu respirar, do meu olhar e finalmente do meu sentir.

Texto escrito em Itaparica em 17/7/2009

Bom dia a todos.🌹



IMPUNIDADE- CHAGA BRASILEIRA

A chuva deu uma pequena trégua neste amanhecer, liberando os pássaros que já começaram seus cantos para a minha satisfação e então, enquanto os ouço, penso que realmente, ando na contramão, até mesmo, em se tratando de inspirações.

Se para a maioria dos escrevinhadores, as mentes precisam estar em falta de algo, para deixar-se fluir, a minha se fecha como um caracol, afinal, a dor a constrange, a inibe. 

E quando a dor é em relação ao que já elegi como parte do melhor de minha vida, aí, então, é que nada sou capaz de produzir, faltando-me palavras, seja para escrever ou tão somente, falar.

São tantas as denúncias documentadas que venho recebendo diariamente em relação as improbidades desta atual gestão em nossa Itaparica que, de repente, a indignação tomou conta do meu racional ao ponto de fazê-lo estancar de tristeza e dor.


quinta-feira, 27 de julho de 2023

O POVO PODE ESPERAR...

Hoje, mais do que em qualquer outro dia, acordei muito aborrecida com tudo que venho constatando de precário em nossa cidade, mesmo reconhecendo que não se trata de problemas atuais, mas constantes, pelo sistemático abandono das autoridades, por não considerarem prioridades algumas básicas necessidades dos cidadãos, nas décadas que se sucederam.

Elegemos a cada quatro anos nossos representantes políticos e pouco ou quase nada tem nos sido oferecido em contra- partida, ficando para nós (povo), a sensação de estarmos na condição permanente de pedintes.

As raras obras relevantes, quando são realizadas, nos são entregues como se fossem favores de um mandatário magnânimo e não como uma obrigação elementar das atribuições de vereadores e prefeitos, deputados e senadores que aqui receberam seus votos e que fizeram e fazem de seus cargos, tão somente, trampolins sociais e políticos na escala ascendente de suas vidas pessoais.

Quando das disputas eleitorais, palavras são usadas falaciosamente com o intuito de ganharem nossas confianças, amparadas nas mazelas com as quais vivemos e como tolos esperançosos nos deixamos convencer para mais adiante, percebermos que mais uma vez, o logro nos atingiu como raio muitas vezes, fulminante.

Até quando, permaneceremos como manobrados?

Até quando adiaremos para os quatro anos seguintes, as conquistas dos direitos de nossas necessidades básicas?

Até quando, permaneceremos pisando em lamas, convivendo com o lixo e as doenças advindas deles e da falta de todo e qualquer mínimo saneamento público?

Até quando nos curvaremos a políticos que elegemos e que só pensam na melhoria de suas próprias vidas de seus familiares e asseclas, recebendo cargos, salários e uma infinidade de benécias não condizentes com a realidade arrecadatória da cidade e muito menos com a de cada cidadão?

Até quando, fingiremos que vivemos num paraíso, cercado de abandono por todos os lados?

Até quando, teremos que esperar para termos a dignidade vivencial e sistêmica pelas quais pagamos?

Até quando, assistiremos lamentando pelas esquinas e redes sociais o pouco que funciona em Itaparica, sempre a meia boca?

Até quando assistiremos impassíveis o enriquecimento ou expressiva melhoria de vida de nossos vizinhos e colegas de escola que elegemos políticos, ganhando aqui os recursos e gastando à revelia em outras cidades, pois chegam à conclusão que aqui é caipira para eles, deixando-nos com os seus legados de miséria, doenças, sujeira e deseducação?

Até quando, nos curvaremos como mendigos de um sistema social e político viciado e falido que nos flagela, sugando nossos ideais em prol de uma casta egocêntrica que defende ardorosamente seus próprios ideais em detrimento dos direitos mínimos de cada um de nós?

Texto escrito e publicado em 27/7/2017- Infelizmente muito atual.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

A LUZ DO LUAR

Sentada no balanço da varanda, miro o céu, não enxergando estrelas com minha miopia, mas sensível, busco e encontro a lua crescente e de repente, sinto-me como ela, numa nova fase, meio solta, ainda não totalmente formada, mas tenazmente, convicta de que estou aonde deveria estar, fazendo exatamente o que me apraz e deliciando-me com esta atmosfera displicente de minha Itaparica.

Penso então, na importância de minhas escolhas e na resistência em defender cada uma delas, registrando-as em pisadas leves, mas firmes o bastante para deixarem pegadas que como páginas escritas com amor, vão contando a minha história.

Às vezes, sinto-me como uma poderosa lua cheia, porém não escapei de mirar-me como lua minguante, todavia, foi como lua crescente que atravessei a maior parte de minha vida...

E ainda agora, no outono de minha vida, cá estou me identificando com esta grandeza em contínuo crescimento, numa sempre vontade de ampliar a minha existência com a luz de um cosmos vigoroso que me abastece, numa constante mutação evolutiva.

E de luar em luar vou vivendo sem deixar de sonhar uma lua sequer, mesmo não estando com você.



ESTOU TRISTE...

Talvez, nem assim tão de repente, estou sentindo uma vontade imensa de permanecer quietinha sem ser vista, como se eu fosse um micro organismo, invisível a olho nu.

Todo esse movimento sorrateiro político se arrastando pelos porões da cidade, são como bactérias se proliferando num organismo já debilitado e por perceber e sem poder  interceder para torna-lo menos corrosivo, sinto que a dor da impotência vai tomando conta de minhas forças mentais, somatizando-se no meu estômago que só sente vontade de vomitar.

O que é isso Dona Regina, entregando os pontos, desistindo da esperança em favor de dias melhores?

Como sentir esperança se não há nenhuma expectativa que signifique uma real renovação, afinal, tudo e todos estão tão comprometidos que, não sobrou uma brecha sequer para que a esperança adentre neste ambiente viciado e corrompido.

Estou triste pela cidade que amo...



terça-feira, 25 de julho de 2023

UMA VELHA HISTÓRIA COM JORGE...

Eu só tinha 32 anos e me sentia uma velha, transcorria o mês de janeiro do ano de 1982, meu filho tinha oito anos e era tudo que eu, poderia chamar de meu.

Sua presença em minha vida era como um acalanto para a minha dolorosa solidão, fazendo com que os meus dias fossem suportáveis.

Em minha mente a dúvida era a mais absoluta certeza e em dado momento, olhando ao meu redor em meio a um desafiador medo, agarrei-me ao tronco da mangueira frondosa que havia diante da varanda do sítio em Resende e deixei que todas as lágrimas de minhas frustrações rolassem de mim, sobre mim em soluços compulsivos.

De minha boca espumada de lágrimas, só o nome São Jorge era capaz de pronunciar e de um tronco inóspito, de repente, uma pele macia e generosa me acolheu, amansando o pranto, acalmando a alma.


PASSEANDO EM MIM...

Escutando músicas de olhos fechados, nesta noite, depois de um dia de chuvas, não voo como de costume, mas caminho com incrível leveza pelas estradas do horizonte, clareadas palmo a palmo pela lua que teimosa margeia meu passeio estrelar. 

Pelo caminho, aliso uma a uma das estrelas que vou encontrando, identificando-as com os amores de minha vida. 

Amores que ganhei e cultivei e que agora me fazem companhia com seus serenos brilhos, num oferecimento contínuo de aconchegos carinhosos, nos quais, me deleito, neste meu outono vivencial...

Não sinto meu corpo e tão pouco o espaço se materializa, mas sou capaz de sentir as vibrações cósmicas possuindo-me por inteira, levando-me ao gozo pleno da eternidade...

Agora, já de olhos abertos registrando a fantástica transmutação universal, onde pude passear em mim, sinto-me absolutamente em paz...



segunda-feira, 24 de julho de 2023

SÓ JESUS NA CAUSA

De repente, lendo as cotidianas denúncias sobre os superfaturamentos, obras mal feitas ou intermináveis, compras desnecessárias, abusivas atitudes cometidas no trato com o erário público, uma das piores que chegou ao meu conhecimento é exigir-se a entrega de celulares, além de revistas invasivas a qualquer cidadão que se dirija às dependências da Prefeitura e secretárias.

DEUS, o que é isso?

Será esta uma verdade?

Custo a crer...

Em que mundo nós estamos, que sequer os princípios dos direitos básicos humanos são respeitados?

E aí, na ignorância que me persegue, quando se trata do entendimento da mente da criatura humana, não me canso de lamentar, já que ano após ano, constato surgir uma nova faceta desta, onde a criatividade, a beleza e o respeito, amparados no intelecto, precisam disputar incansavelmente com a estupidez, desta mesma criatura que parece não ter limites.

Estou sem entender, porque até o momento, um só cidadão atrozmente afrontado, se deu ao direito de fazer um BO na delegacia ou uma denúncia no Ministério Público, afim de abrir um processo de constrangimento legal ou cerceamento ao livre transito nas dependências públicas.

E aí, não sei o que mais me dói, se é o fato (decreto) abominável desta gestão, a passividade humilhante do povo ofendido ou a  surdez e cegueira da Justiça.

Penso então, nas infinitas variedade em que a violência se apresenta, sem arma mortal, visível a olho nu.

Penso então que só, “JESUS NA CAUSA”.



QUE MUNDO MARAVILHOSO!!!

Amanhecer e já encontrar uma música que me foi oferecida pela madrugada por uma amiga virtual, gente é bom demais, afinal, alguém lembrou de mim e desejou que eu soubesse.

Como então, não me sentir um serzinho abençoado?

Esta é a razão que não me permite esquecer de respeitar as pessoas e o tudo mais nesta vida, afinal, jamais me faltou preciosos carinhos. 

Aí, o que pode a mim interessar se ela é branca, negra, parda, gay, pobre, rica, doutora ou analfabeta, da direita ou esquerdista?

Ela é uma pessoa que pensou em mim, me desejou bem e quis que eu soubesse...

Pois é, o amigo Nasser Queiroga me disse: Regina você é uma ativista sentimental!!!


sexta-feira, 21 de julho de 2023

Solidão

Na solidão, posso ser generosa comigo e me abraçar, perdoando-me, polindo-me, aconchegando a minha mente amorosamente, afinal, ninguém pode verdadeiramente, fazer isso por mim.. 


Regina Carvalho

MEU ENCANTAMENTO

A sexta-feira mal começou e já choveu, fez sol e agora o céu está acinzentado como se o universo em dúvidas, ainda não tenha se decido como vai se mostrar para o meu encantamento.

Penso então, que sempre pude compreender as alternâncias dos tempos de minha vida, abraçando e amando cada uma de suas performances, justo por sermos muito parecidos, não nos atendo a rigidez de nos mantermos por todo o tempo iguais, querendo e podendo variar nossas apresentações, neste palco inexoravelmente belo do apenas existir.

Se há uma só palavra que me defina, certamente é encantamento, pois nada é mais completo ao meu entendimento do me sentir, ao teu sentir...

Viver, compreendi a muito tempo se resume em apenas receber a vida e tudo que nela possa existir e que eu pudesse me arriscar em vivenciar, sem constrangimentos, medos ou vergonhas.

As garantias de sucesso, simplesmente não existem, mas a gloria das estreias são inesquecíveis e enriquecedoras.

Enquanto escrevo,  lá vem o sol de volta, trazendo brilho e quentura para um novo encantamento, destes meus olhos e alma apaixonados.



quinta-feira, 20 de julho de 2023

ABRAÇANDO A VIDA...

Os pardais amanheceram agitados, fazendo festa logo cedinho nos arredores de minha casa, acordando-me antes do dia clarear.

Decidi escutar música para afastar de vez, a ainda sonolência, coisa rara de acontecer, já que costumo ser bem desperta e animada, como se em mim houvesse um botão de liga e que com a mesma precisão desliga, podendo nos tempos atuais, ser observado que também desliga no meio do dia, entre as 12 e as 13 horas, crendo ser coisa de velho, ter uma pequena pausa para descansar o motor.

Esse hábito, jamais me abandonou e a culpa deste vício é de minha mãe que carinhosamente, deitava-se ao meu lado e me fazia cafuné, até que eu relaxasse para um tranquilo repouso após o almoço, estratégia para vencer minha resistência e que foi copiada pelo meu pai e depois por meu Roberto, afim de induzir-me ao sono, já que perceberam o quanto eu gostava de ser alisada, o que me leva a pesar que de repente, tenho semelhança com os felinos.

Gosto tanto do toque que até fazendo as unhas, cochilo, não é verdade Joana, minha manicure a mais de 10 anos)?

E aí, penso neste instante, o quanto foi importante a relação afetiva familiar em minha formação, onde os toques eram constantes e estimulantes ao relaxamento e alegria de simplesmente abraçar, beijar, que traziam a sensação de aconchego, tudo que a vida agitada dos tempos atuais, não tem permitido.

Que pena!!!

O que será da humanidade, quando a minha geração, gostosamente afetiva, sonhadora e romântica, já não mais existir com seus toques e afetos?

Estamos indo embora e tudo que podemos deixar, são nossos legados de vida, amor e liberdade, equilíbrio, razão e amor...



quarta-feira, 19 de julho de 2023

ESPERANDO...

Fico da janela olhando para o portão, guardando a chegada do meu amor, mas entre os afazeres e as escritas, a noite chega e ele não está comigo...

E a dor no peito se repete, dilacerando as minhas expectativas em poder sair desta poltrona e eufórica abraçar e ser abraçada, beijar e ser beijada, possuir e ser possuída, podendo depois, repousar no peito quente do meu amor, meu cansaço e minha alma.


TALVEZ, GRATIDÃO...

Acordei nesta manhã sentindo um friozinho que para mim, será sempre estranho sentir na Bahia, mas tudo bem, afinal, o mundo inteiro tem sentido as alterações climáticas, porque haveria de ser diferente neste pedaço de Brasil que tanto amo?

Da sensação de frio, sentida ainda entre as cobertas, minha mente trouxe a luz da razão, uma imagem de minha infância em que eu estava sentada no degrau do portão, apreciando os meus vizinhos irem e virem na calçada, hábito que se tornou rotina e me condicionou a reconhece-las, apenas pelos seus caminhares, hábito que retomei nas infinitas caminhadas na praia de Ponta de Areia.

Isso sempre reforçou em mim a certeza de que somos pessoas auto programáveis, criando ainda jovens, posturas que nos seguem vida afora, por motivações específicas, mas de fundamental importância para nos caracterizar, formando um estilo individualizado.


Simples assim...

Se não te toco ou sequer te vejo

Ainda assim te amo...

E pelas migalhas de teu ir e vir

Vou me alimentando 

Com o querer que domina

Essa minha mente apaixonada.

E como as areias de uma praia quieta e submissa

Espero tuas águas, tuas marolas, tuas espumas

Fazendo de cada uma delas

Os beijos que me negas.

Regina Carvalho-18/07/2023



terça-feira, 18 de julho de 2023

UMA ESTRELA DO CÉU...

Quando um poeta morre, 

uma estrela se agrega na constelação universal.

E foi assim que sonhei pra mim, 

daí tantos voos, tantos caminhos sem fim.

Quando garota à beira do riacho

Desenhando sonhos, alisando piabas, 

quis mais, muito mais...

Desejei ser poeta, 

ser vida, nunca a morte.

Cavalguei nos pássaros, 

fazendo deles, alazões

Mas foi com as borboletas, 

Na delicadeza dos seus bailados 

Que encontrei a minha alma 

Fazendo dela, um jardim 

Refúgio para pássaros e borboletas.

Um éden de vida e liberdade... 

Que posso querer mais da vida

Se já tenho a vida em mim...

Há quem queira, luxo e riqueza

Eu só quero, poder voar...

Pois, voando, escrevo

Vou longe e lhe alcanço

Suspiro ao lhe encontrar

Lhe beijo, sem o tocar

O amo, sem lhe afrontar

Voando posso lhe abraçar

Quer gozo maior nesta vida

Que em sua vida chegar,

Quantas vezes eu queira, 

sem nunca me cansar

Beijando-o sorrateiramente

Com meus versos e o meu amor. 

Seja homem, seja mulher

Até mesmo uma criança

Com meus versos vou amando

Como o brilho de uma estrela do céu.



segunda-feira, 17 de julho de 2023

AMOR E RESPEITO

E aí, enquanto ainda com a cara amassada depois de um longo e tranquilo sono, acordo nesta segunda-feira e sigo o meu ritual alimentício que começa com um cafezinho pingado e um tempo depois, se completa com um iogurte com granola, uma banana amassada com aveia e mel ou uma deliciosa vitamina de frutas que, no caso de hoje, foi com bananas e leite.

Enquanto a preparava, pensei nas escolas e nas crianças que em sua maioria, chegam para estudar com suas barriguinhas vazias ou fracamente nutridas e é impossível não trazer a consciência as inúmeras denúncias que fiz, li ou escutei ao longo da vida em relação aos desvios que foram praticados pelas secretarias de educação, seja daqui ou de qualquer local deste Brasil.

Ainda me lembro da vergonhosa exposição nacional, quando, a Rede Globo esteve em nossa cidade para atestar denúncias em relação a merenda escolar.


sexta-feira, 14 de julho de 2023

MALDITO OURO DOS TOLOS

Acabo de receber através do zap, uma postagem feita numa rede social, onde a tônica maior é o “deboche”, não a mim a quem dirigi um comentário dias passados sobre os exageros da arrogância e da estupidez da vaidade, mas  a um povo simples de Itaparica que vive em sua maioria em extrema dificuldade e que deveria no mínimo, receber, respeito.

Todavia, compreendo que respeito é um atributo que começa por si mesmo e no caso presente, isso é simplesmente desconhecido e aí, lamento tudo quanto, esta pessoa em questão irá recolher em seu futuro como colheita do plantio do seu presente, que aliás, despido os luxos aparentes e as arrogâncias, na intimidade de seus travesseiros, já cobra sem piedade, pena que nem isso é capaz de desperta-la para a real miserabilidade de sua existência.

Vários vaidosos debochados já passaram pelo poder em Itaparica e todos sem exceção de uma forma ou outra, já pagam por suas abomináveis condutas.

E aí, não cabe culpar a Deus, pelos abandonos, desamores, mazelas de todas as ordens emocionais e físicas, mas ater-se a mais pura realidade da física cósmica que faz circular as energias que movimentam a vida que por mais que gire, sempre retornam ao ponto de partida.

Aqui se faz e com certeza aqui se paga, mesmo que se esteja tomando café em xícaras douradas, mesmo que ostentando o maldito ouro dos tolos.



O CERNE DAS QUESTÕES...

Estudar filosofia com a ânsia de fera faminta, levou-me a ir fundo nas vísceras comportamentais humanas e consequentemente sociais, que me incomodavam e que na ignorância de enxergar apenas os meus entendimentos, mantinha em mim uma frustração contínua, afinal, tudo sempre me fora vivenciado com dois lados em constantes batalhas, sem que o cerne motivacional da guerra em questão, jamais fosse devidamente compreendido, ficando os vencedores e perdedores, se alternando ao longo da história, sem que ambos os guerreiros tivessem a devida voz ativa, sequer para determinarem o quando , onde e o real porquê, de cada um dos muitos vezes, sangrentos conflitos.

E aí, ao longo das leituras e das comparações, respeitando visões e época diferenciadas, fui percebendo um abrir mais amplo de minha compreensão, não da sabedoria universal, não da importância do acumulo de conhecimentos adquiridos, mas da redução absurda da minha própria ignorância, quanto a identificação da arrogância da ignorância humana em relação ao outro e ao tudo mais que não se encaixe nas suas próprias visões pessoais.

Portanto, não importa de quem é a culpa e sim, nos fatores que propiciaram os desvios de conduta deste ou daquele assunto em questão.

Pude então, através da filosofia, enxergar o que realmente é fundamental em qualquer assunto, expostos as discussões.

Simples assim...



ECLODINDO EM FLORES...

Sempre à primeira vista, nunca o depois, foi capaz de substituir o instantâneo que como um vulcão eclode, fazendo jorrar de si, as larvas ferventes da paixão.

Larvas amorosas que não ferem, mas aprisionam sob tua expeça crosta o melhor de mim, impedindo que desista da sempre ardorosa espera.

Ao contrário dos efeitos paralelos dos vulcões terrestres, 

neste solo que ora manténs severamente rígido, brechas existem por onde brotam as sementes viscerais do meu amor, que também eclodem em flores, oxigenando o nosso todo de uma apenas, paixão ardente.

Na primeira vista, em que te quis

cegaste-me com o jubilo da tua imagem

E como um solo fértil, entreguei-me a ti

Na submissão de uma frágil mulher

com o poder de uma selvagem fêmea. 

E como flor solitária da terra vulcanizada

Regozijo-me no prazer de tê-lo em mim...

 E se como poeta, tudo posso

Transformo-te de larva em mel

De solo duro em macia carne

Na qual, resguardo o pólen da fidelidade

Não desistindo de ti...

Regina Carvalho- Itaparica-  13 de julho de 2023



quinta-feira, 13 de julho de 2023

POSSUINDO-TE SEM PUDOR...

O dia amanheceu simplesmente lindo, trazendo o frescor leve do mais envolvente dos invernos tropicais, quando muito, provocando pequenos e safados arrepios, tais quais, aqueles que sentimos diante de uma qualquer maior emoção, que mais que ser enxergada ou ouvida, nos é profundamente sentida.

E como nasci sensualizada e com uma vocação visceral para o amor, não tenho como, não relacionar os movimentos cósmicos em sua distribuição regional, nas infinitas carícias que as sensibilidades, são capazes de oferecer.

E neste ato que se repete a cada amanhecer, onde despudoradamente me entrego ao gozo universal, mantenho vivas em mim, as estrelas das noites anteriores e a quentura dos infinitos sóis, que já me banharam.

E aí, apenas amo, possuindo-te descaradamente...

E nesta temporalidade imoral, vou sorvendo a vida sem constrangimentos, enquanto, o meu tempo se esvai...



quarta-feira, 12 de julho de 2023

ONTEM, AMANHÃ E O HOJE...

Desde o amanhecer, pelo menos até, neste instante, minha alma só aceita ouvir músicas eruditas, afinal, a linguagem dos teclares dos pianos, harmonizam-se com os acordes de meus sentimentos que estão, com certeza, bem mais harmoniosos que os dias que se passaram, em que sofri por não conseguir emprega-los devidamente e quando isso acontece, o meu piano pessoal desafina, comprometendo o todo harmônico da minha orquestra.

Precisava encontrar a tecla destoante e finalmente a encontrei, enquanto, preparava uma deliciosa carne para o almoço desta quarta-feira ensolarada. 

Ao nela colocar toda a minha atenção, compreendi que passei a minha vida, escrevendo e falando sobre ética, humanização e coerência, esta na qual, dediquei um livro, intitulado COERÊNCIA EXISTENCIAL -2012 que transformei em quatro módulos de palestras com aplicações exitosas, como então, eu poderia, no meu cotidiano agir diferente?


terça-feira, 11 de julho de 2023

ESTUPRO CONTINUADO

Para colocar um ponto final num lero lero, que persiste nas redes sociais, desde sexta-feira passada, declaro para os devidos fins, que jamais alimentei em minha mente, o hábito bastante comum entre os seres humanos que é a conservação das mágoas, raivas que se acumulam e se transformam em frustrações, ansiedades e consequentes depressões que intitulei de CDS ou Complexo de Dor social ,num livro de minha autoria de 2006 – onde abordo o estupro continuado das mentes que envenenam o corpo, provocando doenças psicossomáticas que quando não são tratadas podem levar a uma expressiva gravidade , assim como é um forte indutor ao suicídio, por promover a infelicidade.

Quando alguém me dirige o seu mal pessoal, não esqueço em momento algum que o mal é dele e não meu, portanto, porque guarda-lo, polindo e dele cuidando como se fosse uma arma preciosa para um contra -ataque? 

E aí, toda esta teoria, que registrei em 200 páginas, apliquei em mim mesma e o resultado, gostem ou não, resulta nesta mulher saudável, alegre e de bem com a vida, que só atrai outras maravilhas que complementam esse orgasmo continuado, que faz de mim a vovó mais gostosa do pedaço, com quem outros gostam de estar.

Portanto, eu quero é ser feliz e felicidade não é um pacote pronto, possível de se encontrar na vitrine de uma loja.

Felicidade precisa da sabedoria de se extrair de cada instante, aquele gole de um vinho de primeiríssima qualidade que envolve o paladar, nos tornando Deuses de nós mesmos.

CAPICHE?



A INGENUIDADE DOS JOVENS E A SABEDORIA DAS VOVÓS...

Acabei de chegar da reabertura da Biblioteca Juracy Magalhães Junior, absolutamente encantada com a nova dinâmica que foi dada aos ambientes, assim como com a fartura de equipamentos disponíveis para a população, principalmente os jovens, afim de que eles façam daquela casa da cultura, local de estudos, pesquisas e diletantismo.

Tive o prazer de reencontrar pessoas que não convivia desde antes da pandemia e diante da emoção natural de uma cidadã e também “tirada” (como sou tratada pelos fakes da cidade) escritora, afinal, há três anos que aguardo ansiosa que este momento acontecesse, afim de poder lançar meus últimos dois livros e mais um terceiro infantil, que está sendo reeditado.


DELÍCIAS...

Acordar e caminhar até o portão para apagar o holofote, poderia ser tão somente, um ritual doméstico, mas não para mim que faço de cada movimento vivencial um verdadeiro acontecimento e aí, pensando e escrevendo sobre isso, creio que seja este o elixir de vida que me acompanha desde sempre ou seja; nada banalizo, tudo me é importante.

E assim, fui vivendo minha vida, num prestar atenção constante, fazendo do quase nada, um imenso todo, podendo então, dispor de um imenso manancial de opções, onde posso escolher o que verdadeiramente, me agrada.

E foi assim que escolhi a quem amar, sem sequer consultar se também me queria, fazendo do meu querer a minha completude.

E o que me atrai, geralmente passa batido pela maioria, afinal, a rotina pode ser devastadora, capaz de anular os mais apurados sentidos em relação a qualquer fato ou coisa, mas não para mim que sem programar, transformei cada uma delas, num precioso acontecimento, bem ao estilo dramático e apaixonado dos grandes romancistas.

E aí, o florir de um vaso de Amarilis, um canto especial de um só pássaro em meio a muitos, uma goteira de chuva persistente, abrindo no solo o seu caminho de escoamento, um abraço do sol ao amanhecer ou até mesmo, um apenas olhar de um alguém, muito me diz...

Às vezes, enxergar, ouvir e sentir demais, dói...

Mas dor também é vida, tanto quanto, o poderoso gozo que nada mais é que o grito dos sentidos, explodindo em nós...

Penso então, o quanto foi determinante aos 17 anos, me descobrir sentindo o poderoso orgasmo, que mesmo inconscientemente, coloquei como prioridade em minhas rotinas, fazendo de um todo, o meu tudo.

E aí, ao reencontrar alguém que gosto ou amo, ao ouvir uma música que me encanta, comer, beber algo poderosamente gostoso ou como neste instante, dar uma pausa para receber o bom dia do meu sabiá encrenqueiro, relaxo e acreditem gozo, sentindo-me a mulher mais abençoada da face da terra...

Simples assim...



segunda-feira, 10 de julho de 2023

O LUXO E O REQUINTE DA SIMPLICIDADE

Cheguei cansada de um final de semana repleto de movimentos e emoções, mas o vício do facebook, foi mais forte e não resisti e fui olhar as mensagens dos amigos e de repente, lá estava a minha querida Andrea Prais com sua postagem, arrastando minhas lembranças, até o final dos anos sessenta, quando na companhia de Roberto que eu sempre chamei de Tião, dançávamos na calçada da subida da estrada do Joá, sob a luz da lua e das estrelas, fazendo com que outros que passavam, parassem e nos copiassem, fazendo na rua, o nosso grande baile.

Claro que isso é coisa de carioca, irreverente até a medula que não perde um segundo sequer para desfrutar de instantes de liberdade.

Cariocas não dispensam o luxo e o requinte do aparente simples.

Tudo bom demais...

Muitos foram os amigos que fizemos, muitos foram os beijos que trocamos, muitos foram os adendos de parceria que garantiram meio século de afinidades.

Pena que os jovens de hoje, já não podem parar a beira de qualquer praia, única e exclusivamente para serem felizes...



ANGUSTIA DA INCERTEZA...

E aí, nesta madrugada acordei sem a costumeira serenidade, percebendo que esta sensação nos últimos tempos tem rondado a minha mente, talvez, como um sinal de alerta, o mesmo que me impediu de vir de Santa Catarina nas últimas eleições, para participar da concorrida eleitoral da Bahia que tanto amo, a favor de “ACM NETO.”

Naquele momento, travei uma luta de titãs entre a lealdade para com o meu grupo político e a minha convicção de que, meu universo de interesses de lutas era outro, não mais cabendo em minha vida, qualquer outro interesse, além da ampliação de meus conhecimentos vivenciais, com a finalidade de tão somente, informar aos demais.

Naquele momento, parecia ser loucura, covardia ou coisa que o valha, deixar de participar do que sempre me fascinou, mas por outro lado, a conscientização de que este fascínio, fora desgastado pelas sucessivas decepções, travava-me e então, no final, já exaurida, optei em permanecer fora do processo, convencendo-me da não necessidade de minha presença.


sexta-feira, 7 de julho de 2023

ENLOUQUECEMOS OU O QUÊ?

Gostaria na altura de minha vida de apenas, escrever sobre pássaros e borboletas e com esses escritos, desanuviar as tensões de quem me lê, todavia, apesar de estarmos no mês de julho, a força e o volume das marés de março dos surrealismos, inundam as cidades brasileiras, devastando sem qualquer piedade as mentes e  as almas dos jovens, com a conivência dos mais velhos, no que se incluem os políticos atuantes que, enxergaram e usam há muito, os absurdos que os modismos, a ignorância, o desapego, o desamor e a baranguice, são capazes de produzirem.

E aí, na noite de ontem, chegou a mim, um vídeo que circula na internet, mostrando a Festa do Boi de Parintins, no Amazonas, a mais popular e cultural do norte de nosso país, referência nacional, que aconteceu no último dia 29/06/2023, tendo em sua abertura, a cantora "Ludmilla", fazendo apologia ao "CHUPA A XOXOTA", mais que um absurdo pago com o dinheiro público,  foi e continua sendo, uma demonstração explicita de que, chegamos ao fim dos tempos, onde honra, respeito, decência e pudor, já não fazem mais nenhum sentido.


quinta-feira, 6 de julho de 2023

DEZ DE JULHO

Faltam quatro dias para o que seria o aniversário de meu pai e o interessante é que quanto mais velha vou ficando, mais e mais a minha mente vai liberando lembranças que reforçam a certeza do quanto, ele foi fundamental na minha formação de pessoa e na extraordinária capacidade amorosa que me repassou, sem nada discursar, apenas demonstrando.

De acordo com o que se espera de um pai amoroso de um rapa do tacho, ele era firme, machão assumido, totalmente irreverente, ciumento ao extremo, controlador o quanto podia, mas de uma incrível generosidade, quanto ao prazer de agradar, a capacidade em elevar a minha autoestima, a doçura do seu olhar. 

Por toda a minha vida, registrei nos meus escritos a minha paixão por esta criatura linda, que sempre tive orgulho de chamar de pai, amigo e companheiro.

Neste instante, a lembrança que me vem a mente, é aquela que de pé ao lado da cama onde minha mãe, já definhava próxima ao fim, ele alisava suas pernas carinhosamente e dizia pra mim:

“Veja minha filha, como são lindas as pernas de sua mãe”, desviando assim, o meu olhar daquela bela, mas sofrida mulher de apenas 49 anos, que partia prematuramente, deixando todos nós, num profundo vazio.

Quando minha Anna nasceu, ele a acolheu com a mesma doçura que acolheu a mim.

Por causa dele, meu olhar para com os homens com os quais convivi, sempre foi de ternura, recebendo deles, um manancial de amizades sinceras e agregadoras.

Jamais um homem me desrespeitou, então, como não os amar?

Que lindo ser humano, foi meu pai e que legado de amor maravilhoso me deixou...



A ÚLTIMA BOLACHA DO PACOTE...

São cinco horas desta manhã de um mês de julho friorento em minha Itaparica, sensação rara de se sentir, já que serás eternamente a princesinha das águas mornas e mansas desta Bahia encantada que escolhi para viver, jamais podendo imaginar que  viriam a ser  os melhores anos de minha vida, onde o tudo de bom, estaria presente, adoçando a minha alma e pincelando em minha mente, apenas o belo, capaz de afugentar as contaminantes fumaças do feio e do impróprio, sempre presentes, tentando empanar o divino.

Neste amanhecer entre o frio que faz arrepiar a pele e a felicidade de ter-te como companheira de existência, residem em minha mente, desejos e recordações que brotam incessantes e inquietas, querendo que eu expresse sem qualquer pudor, a alegria de apenas estar vivendo.

Ouço os ariscos pássaros que mesmo diante do inusitado frio, chegam-se ao jardim, trazendo suas sinfonias matinais, como forma de enriquecerem o meu despertar.

Respiro fundo, absorvendo a cascata de vida que me é oferecida, sem que eu nada peça, mas onde tudo me é dado, fazendo deste, mais um encontro matinal, bússola precisa de mais um navegar vivencial. 

Como então, não sorrir?

Como então, não se sentir a última bolacha do pacote?

Abusada que eu sou, hein!!!!

BOM DIA!!!!!



quarta-feira, 5 de julho de 2023

PAIXÃO ARDENTE

Mais um dia desponta no horizonte

Trazendo o sol mansinho a cobrir

Telhados e quintais, num espetáculo sem igual,

Iluminando a vida e a mim também.

Incrível é o sol que aquece, estimulando vidas 

efeitos continuados,

Permanecendo como luzes brilhantes, 

nos olhos de quem o absorveu.

Mais um dia desponta, 

Abro os braços e o recebo

Num aconchego caloroso

Onde te cedo meu corpo e tu, 

preenches minha alma.

Quero-te a cada dia, mais e mais

Viciei-me em ti, adorado sol ardente

E das luzernas que derramas em mim

fazendo brotar frutos de minha terra bruta.

Quero-te como te quis, ontem

Como ei de querer-te amanhã

E se este, por ventura não chegar,

Terei partido com a luz que me inundastes.

E lá, chegando no horizonte de onde vens

Finalmente, em ti me fundirei...

Regina Carvalho-Itaparica

05/07/2023



terça-feira, 4 de julho de 2023

MARTELO O CINSEL E O ESMERIL

A criação humana sempre me fascinou, assim como as da natureza e envolvida desde sempre com estas infinitas maravilhas que a vida jamais me negou apreciar, foi que passei a correlaciona-las, acreditando, serem uma só intenção cósmica, já que para mim, tudo advinha do universo e se movimentava através de suas variantes energéticas.

Parece bobagem ou loucura, mas a lógica infantil me garantia que a lua e o sol, eram os determinantes sobre o tudo da terra e que as diferenças que se apresentavam nas posturas e comportamentos humanos, eram tão somente, a forma como cada criatura humana as absorvia, interpretava e as vivenciava, tal qual, um escultor na criação de sua obra.


NADA NA VIDA É PARA SEMPRE...

Depois de três dia de rela bofe do PEDRÃO, regados a sorrisos fáceis e regalias com o erário público de nossas autoridades e seus cumplices ativos e passivos, no centro de Itaparica, amanhecer nesta segunda, sem internet é apenas uma consequência, uma expressão de cansaço nas linhas de transmissão, então, paciência é tudo que preciso alimentar nesta minha alma disciplinada que desperta a cada amanhecer, registrando a vida no seu cotidiano.

Se não posso escrever no notebook, passo a ler no celular, as muitas mensagens que recebo diariamente e entre elas, há uma em especial que aborda a capacidade dos animais em detectarem os sinais enviados pela natureza, alertando-os das possíveis alterações climáticas e movimentos sísmicos que se não observados, certamente os dizimaria.


A URSA FINALMENTE ACORDOU...

Desde 2012 que vim apoiando carinhosamente e verdadeiramente acreditando que o melhor para Itaparica seria a gestão que aí, está.

Foram muitas as razões que me fizeram chegar a esta conclusão e talvez, lá atrás, minha projeção pudesse ter uma pontinha de lógica com a realidade, mas depois, tudo foi se alterando, menos a minha tola ingenuidade.

As pessoas acreditam que o poder é corrosivo, mas o meu convívio com ele, me garante, que tudo começa no pré-vestibular, onde se vai aprendendo, tudo quanto, já foi aplicado anteriormente.


ESPLENDIDO GOZO

De onde surgiu o meu improviso, não sei precisar, mas, com certeza, sempre foi a minha mais autêntica realidade, custando-me em algumas ocas...