quinta-feira, 1 de julho de 2021

NEGACIONISMO

Todo extremista x radicalista tem problemas em reconhecer que está errado e os cidadãos brasileiros, sem maiores níveis educacionais, assim como carentes de contraditórios eficientes e comprometidos verdadeiramente com as realidades gritantes dos fatos e causas públicas, foram perdendo ao longo da história a metacognição, que é a capacidade que se tem de reconhecer, quando se está errado, fazendo das falácias que grupos extremistas impõem, verdades absolutas.


Confesso que hoje, após tantos anos de estudos, enganos e observações, também reconheço que em dados momentos, levada pela paixão que o clima político inspira, assim como o meu desejo sempre latente de ver as ações sendo realizadas, a deixar-me arrastar pelo engodo das falsas aparências e em algumas ocasiões, defendi os meios em função dos fins que me pareciam justificáveis.

Todavia, o lado bom de se viver muito é que temos a oportunidade de ir modelando uma forma mais equilibrada de ver, sentir e ponderar com um senso mais apurado, pois, o tempo nos permite vivenciar experiências diversas, transformando cada uma em parâmetro e isto se aplica não só no campo político, mas em tudo o mais a partir do próprio autoconhecimento.

O negacionismo convive harmonicamente com o extremismo de qualquer natureza e a história humana apresenta inúmeros desastrosos exemplos, onde o ser humano foi exposto as mais terríveis barbáries em favor de causas aparentemente salvadoras.

Pessoas como eu que conseguem recuperar o senso avaliativo, fazendo um minha culpa e sem firulas ostensivas, mas profunda, passam a enxergar as coisas tais como elas se apresentam, sem adicionar às mesmas, qualificações e cores fantasiosas que geralmente empanam as realidades.

Estamos vivenciando em nosso país, um verdadeiro caos negacionista x extremista ou radicalista, num duelo insensato e trapaceiro, onde mais uma vez a maioria do povo é engambelado com farelos sem qualquer maior índice nutricional, mas que o mantem sobrevivendo como verdadeiros zumbis, negando a si mesmos, realidades grosseiras e absurdamente afrontosas, frente a própria fraqueza também de todos os níveis em que se encontra.

Fumaças coloridas, confetes e serpentinas são jogadas afim de embaçarem os olhos, alimentando as mentes geralmente incapazes de mensurarem seus próprios flagelos, levando os cidadãos a aplaudirem o mal feito, justificando o não feito e aceitando os excessos, como se tudo isso fosse apenas as normais consequências de se estar postulante político, artístico ou jornalístico.

Em inúmeras ocasiões, ouvi amigos me dizerem que eu perdia tempo com estes meus textos que quase ninguém entende e quando entende, desconsidera, pois, vai diretamente contra seus interesses.

Eles sempre tiveram razão, mas fazer o quê, se não vim a esta vida a passeio ou para permanecer estaticamente enraizada em conquistas esteticamente materiais em detrimento de um evolutivo mental e espiritual que me mostra a cada instante, o quanto o ser humano pode e é um ser desprezível em relação aos seus semelhantes e ao tudo mais que a vida generosamente lhe oferece.

Quando adentro nestes assuntos que fogem dos pássaros e das borboletas, meus textos ficam longos, mas como descrever os flagelos humanos em poucas palavras se, seus malefícios são como erupções vulcânicas, cujas lavas expelidas, engolem o tudo que encontram pelo caminho?

Confesso que restringindo-me ao espaço em que vivo, jamais aceitando o negacionismo, primo irmão do extremismo e do radicalismo em aplaudir e defender o meia boca e inadequado, enquanto, piso na lama e onde o tudo mais me é negado, enquanto, o luxo e os excessos esbofeteia-me sem qualquer piedade, num populismo descarado e flagelador.

Então, não me venham jogar pedras de “verdades corroídas”, enquanto, seu vizinho tomba na sua esquina pelas balas da violência, enquanto, seus pés afundam na lama dos roubos ou do mal administrado erário público, enquanto crianças e adolescentes mal sabem assinar seus nomes e vendem seus corpos para simplesmente comerem, enquanto doutores e mestres se curvam num negativismo assombroso e cruel diante da vergonha de ver seu país ininterruptamente, sendo administrado por extremistas desavergonhados.

Entra e sai a cada quatro anos, ilustres mequetrefes sem eiras nem beiras nos variados postos de comando de cada cidadezinha deste país varonil e enquanto isto, de aplausos e idolatrias, a miséria se alastra e com ela, todos os demais flagelos, nem sempre possíveis de serem mensurados.

Enquanto, pessoas e todo e qualquer elemento vivo, forem negligenciados em favor de qualquer outro aspecto pomposo criado pelo próprio humano, nos seus delírios de poder e grana, para subverter e escravizar, nada absolutamente nada, se alterará.

Vivi e certamente terminarei meus dias, escrevendo e falando provavelmente para o nada, em apelos desesperados por: DIGNIDADE JÁ!!!!

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