E aí, ouvindo esta melodia que foi composta há tantas décadas passadas, penso que os dramas humanos se resumem na incapacidade pessoal em reconhecer-se nas diversificadas relações, havendo uma teimosa acomodação sem hora de começar, mas certamente, com um fim determinado pela própria inércia.
Falta a compreensão de continuidade do bendito tesão de todos os níveis que não pode se tornar linha divisória de qualquer relacionamento amoroso ou não, mesmo que o cotidiano esteja pesado, deve-se fazer da capacidade amorosa que todos temos, um motivo a mais de escape, por ser um infalível antídoto contra este veneno destruidor que é a rotina e o enfado.
E nesta seara onde em algum momento brotou um interesse diferenciado, tudo é válido, menos a inoperância.
Agora, depois que as almas se esfriam, nada mais resta que o recolher dos cacos e seguir a diante.
E como perceber o esfriamento?
Basta o coração não bater rápido, as pernas não bambearem e aquele desejo de posse, desaparecer como por encanto, isto nos casos amorosos, nos demais, exatamente quando, não se tem mais tempo para o outro, quando este deixa de estar na lista das prioridades.
Pieguices de uma poetiza?
Não, apenas vivência de quem não permitiu que a falta do tesão, fosse um empecilho para ser absurdamente feliz, mesmo em meio a muitas tormentas.
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