Foram muitos os textos e oratórias que fiz em relação a tão proclamada Liberdade da Imprensa e expressão de qualquer natureza que invadiu as atenções nos últimos anos após ditadura militar, mas que se popularizou lenta, mas maciçamente nos últimos vinte anos, alastrando-se a cada cidadão através das redes sociais, onde cada um se permitiu expor suas ideias e ideais, tornando-se um agente jornalístico, o que naturalmente excedeu o sentido maior do conceito básico da informação fidedigna dos fatos jornalístico, com a devida isenção de qualquer natureza, respeitando-se acima de tudo o respeito as diferenças.
Criou-se então, uma dicotomia entre direitos, pois, os excessos falacianos, foram tomando o lugar da lógica maior da busca da realidade dos fatos e da conciliação, misturando-se partidarismos e ideologias, criando um separatismo destrutivo, infrutífero que, amordaçou os diálogos a qualquer realidade progressista de valores e ações, num contexto mais amplo sobre liberdade.
Cada cidadão, tornou-se um sofista e a mídia profissional transforma a cada instante, notícias num pouporri repetitivo de sofismas cruéis, garantindo os interesses de cada órgão comunicador e jogando por terra a originalidade jornalística de tão somente levar ao público o real, mesmo que na crueza de seus fatos, descredibilizando o primeiro sentido do jornalismo que é permitir ao repórter relatar os fatos e o cronista de então, relatá-los sobre o seu próprio prisma, sem que haja coação empresarial.
Liberdade de Imprensa definitivamente não pode ser confundida com liberdade de expressão, pois, esta, não tem o sagrado compromisso com a veracidade dos fatos e sim, apenas baseia-se nos achismos de cada visão pessoal e nas influências de gosto, preferências adquiridas no exercício da vivência, como forma de expressar os seus posicionamentos, enquanto pessoa e cidadão.
A constituição de 1988 no seu artigo 5º, garante a ambos, a livre expressão, oferecendo a sagrada liberdade num país, cujo povo 33 anos depois, ainda se deixa aprisionar pela ignorância de seus próprios direitos, a real liberdade de ser e de querer, trazendo para si retóricas que como fumaça se esvaem, numa repetitividade simbiótica de grades invisíveis.
Educação formal, conhecimentos amplos e diversificados, respeito aos direitos individuais, senso de pertencimento, caminhos únicos que poderão um dia verdadeiramente oferecer a tão falada e buscada liberdade.
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