domingo, 25 de julho de 2021

Queda de braço

Nesta manhã de domingo, sem pensar, mudei minha rotina e só agora estou escrevendo, pois, optei em saudar o bendito sol que apareceu translúcido, depois de uma noite de muita chuva.


Como não sei quanto tempo ele resistirá as também, pesadas nuvens que se esgueiram no horizonte, aproveitei para dar uns bordejos pelas varandas e jardim, sorvendo um pouquinho deste brilho celestial que simplesmente amo.

Tomar um banho demorado, sempre me revigora para começar um dia me sentindo mais leve e, como de costume, paro e me olho, chegando bem pertinho do espelho para ver se enxergo mais algumas ruguinhas, enquanto, passo um creminho na pele e um batom para dar uma levantada na fisionomia, hábito que jamais abandonei, afinal, o primeiro bom dia, sempre foi para mim mesma, garantindo assim, a certeza de que preciso estar bem comigo, reconhecendo-me a cada amanhecer.

E aí, sorrio com a leveza de quem não briga com o tempo, acolhendo-o amorosamente e deixando-o se estabelecer suavemente em meu corpo, mas cá para nós, tenho também minhas resistências e definitivamente, não tenho deixado ele sequer encostar em minha mente, dizendo imediatamente, diante de suas investidas que neste território, por enquanto, quem manda sou eu e, para tanto, uso todo o meu manancial de amor a vida e a tudo que nela existe, como arma poderosamente eficaz, assim, o tenho mantido afastado, refestelando-se na produção de rugas e declínios musculares.

Tem sido uma esplendorosa queda de braço, afinal, sempre fomos bons nisto, mas pelo menos, até o momento, tenho mantido minha mente a salvo deste tempo implacável, que nos últimos tempos, vem flagelando precocemente as mentes de muita gente, bem mais jovem que eu.

Por saber disto, não dou moleza...

Que neste domingo, olhar no espelho e se achar a última bolacha do pote, seja a prioridade de você, querido amigo que me lê.

Beijos e tudo de bom!

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