De repente, meu querido amigo Hildegard Gentil, enviou-me uma música, ressaltando o fato de eu ser carioca e aí, me dou conta do quanto Deus foi generoso comigo, afinal, nasci e passei a minha adolescência num dos lugares mais bonitos e elegantes do mundo e numa época de ouro, depois, atravessei a vida adulta nas Minas Gerais, entre os sabores e aromas excepcionais, montanhas e vales inspiradores e se não bastasse, ainda ofertou-me Itaparica, no outono de minha vida, a mais amigável, tranquila e linda Ilha do nordeste, onde as águas de minha Ponta de Areia, são mansas e mornas e de quebra, ainda colocou nelas marolas, que massageiam-me todinha, levando minhas emoções aos delírios, mantendo em mim a sempre juventude dos benditos quereres.
Acabei tornando-me uma escrevinhadora abusada e sem constrangimentos, afinal, como não registar tamanha fortuna de vida de uma simples criatura com poucas pretensões, mimada e apaixonada que ama quem quer, faz o que quer, sem medos e culpas, afinal, “Papai do céu”, sempre foi o único responsável, fazendo-me nascer carioca, crescer mineira e agora, entre cajus, mangas e pitangas envelhecer baiana.
Concluo nesta tarde ensolarada que sou apenas, uma sortuda brasileira, feliz pelas experiências vivenciadas, sorridente pelo amor desmedido que recebi da vida e livre pelo longo direito adquirido...
Não posso deixar de registrar que foi em Guapimirim, entre o céu azulado e as matas verdes e águas frias e cristalinas, que fiz a minha grande conquista amorosa, afinal, conheci intimamente o meu Deus e dele, fiel e apaixonada, nunca mais me separei.
Obrigada, meu “Deus”, contigo, me tornei universal...
Regina Carvalho, 01/3/2024 Itaparica
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