domingo, 3 de março de 2024

Desculpem-me

Desculpem-me aqueles que não gostam de mim e até mesmo, aqueles que por gostarem tanto, mas que por alguma razão se sentem afrontados com a minha alegria de viver. Afinal, quando fazem comentários fora do contexto escrito por mim, apenas na ânsia de me agredirem, deduzo tratar-se de um amor enrustido por tudo que represento, afinal, não conseguem admitir que uma mulher na casa dos setenta, depois de roer todos os ossos que a vida lhe apresentou, ainda com alma e mente leves e sem qualquer idade, abusadamente não se cansa de flertar com a vida, fazendo dela, inspiração de seus próprios instantes existenciais.

Desculpem-me por insistir em levar o melhor que podemos sentir e vivenciar, consciente que já existem infinitos outros que optaram em apenas, mostrar o doloroso e o quanto a vida pode se apresentar feia, num massacre de sonhos que a meu ver, é contrário a tudo que me esforço, não a negar, mas a admitir que viver não é só problemas e sofrimentos, assim como, vez por outra, extravasar em festas e emoções pontuais.


Desculpem-me por acreditar que cada amanhecer é uma única e fantástica oportunidade em abrirmos os olhos, deixando a luz adentrar em nossas mentes e almas, afim de podermos senão, mudarmos algo que nos incomoda, pelo menos, sermos estimulados a achar um outro lado que só depende de nós para então, enxergar a beleza que somos e que representamos.

Desculpem-me por insistir que lá fora, um mundo fantástico nos espera e que é a partir de nossos próprios exemplos é que somos capazes de estimular o outro e entender que é possível sempre um novo caminho, e que nele, podemos finalmente compreender sentindo, que a vida é bonita e é bonita.

Desculpem-me por apesar de ter perdido quase tudo de material e sentimental, tudo que para maioria os representa, eu ainda seja capaz de amar, sorrir e inspirada no tudo que me cerca, ainda fazer poesia e me sentir lindamente feliz.

Portanto, desculpem-me pela ousadia, audácia e presunção, quanto a insistência em focar apenas no que realmente vale a pena, que é o belo de tudo e de todos.

Minha ostentação se resume tão somente, nas pérolas das bênçãos que a vida abusadamente, me oferta, através de abraços afetuosos, sorrisos francos, frutos maduros e inspirações poéticas.

Beijos e desculpem-me por ser imaculadamente grata a Deus.

Regina Carvalho- 02.03.2024

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