Amanheci neste domingo como de costume, sem internet e, portanto, não podendo fazer minhas também costumeiras publicações.
Fazer o quê, não é mesmo?
Vivemos em um país lindamente continental, transbordante de riquezas, abusadamente lindo em belezas naturais, escandalosamente abastecido de água e ainda florestas para resguardá-las, mas em compensação, somos arrepiadamente mais de 200 milhões de habitantes sem qualquer senso maior de pertencimento e respeito aos direitos dos demais de qualquer ordem, afinal, fomos permitindo um crescimento sem regras e sem condutores devidamente credenciados, tanto nas origens, na qualificação e principalmente em relação aos bons antecedentes, seja na execução seja lá do que for.
No campo político, que a priori deveria ser o espelho do justo e do nobre para o povo, inconsequentemente ou por sequer distinguirmos o certo do errado, entregamos sistematicamente a chave dos cofres públicos sem qualquer maior precaução para as figuras de ocasião, fazendo deles (as), ídolos e gurus em nosso permanente analfabetismo moral e ético ou o que é ainda pior, agarrados a uma falsa ideologia, totalmente esfarrapada.
E aí, meia dúzia de idealistas babacas, no qual, me incluo, vive e muitos já morreram, batendo em ferro frio, numa luta absurdamente insana em tentar achar em meio a um palheiro de improbidades, uma agulha que seja resistente o suficiente para não se endeusar com o poder, sem fazer dele, trono de seu envaidecimento ou loucura psicopática.
A chave do cofre, há muito se perdeu, ficando a porta aberta para que mais facilmente, o sucessor, possa colocar as mãos nas riquezas lá existentes, assim, podendo ser saqueadas e distribuídas indiscriminadamente, entre os agentes públicos.
Alguns, mais atentos, por uma leve dor de consciência ou estratégia marqueteira, o que é mais provável, distribua em datas santificadas, pãezinhos, ovinhos de páscoa, peixinhos com azeite de dendê e até mesmo, uns trocados, garantindo assim por instantes, mais que a miséria da fome cotidiana, a miséria da dignidade humana.
Penso então, que nada os babacas(como eu), puderam ou podem fazer, além de se conformarem em verem a ladroagem, travestida de astuciosos acordos políticos, tirarem dos incautos( no que também me incluo), o direito sagrado de terem seus mais primários direitos constitucionais e ainda, vê-los sendo distribuídos como propinas a todo e qualquer bandidinho de cartola ou com bolsinha de grife e ainda ter de chamá-los de excelência, cá pra nós, é foda, mas fazer o quê, não é mesmo?
Esse é o Brasil que tivemos, temos e tudo indica que teremos...
E pensar que tudo poderia ser diferente, mesmo sabedora que ainda sobrariam muitos dividendos para serem surrupiados desta empresa chamada BRASIL.
BRASIL, sociedade anônima, onde as ações do povo, só tem algum valor em ano eleitoral e assim mesmo, apenas tostões que se revelam em obrinhas mequetrefes que logo se esfarelam e "cinquentinhas" emergenciais, nas infinitas bocas de urnas dos currais eleitorais que há muito são chamados de “redutos”em conformidade com o politicamente correto que nada mais representa que o véu espesso da hipocrisia, que encobre para disfarçar esta e toda e qualquer vergonha ou inadequação, seja política ou tão somente, existencial.
Cala boca Regina, hoje é domingo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário