segunda-feira, 17 de abril de 2023

O SOL QUE RESISTE EM NÓS

São seis horas da manhã e o sol ainda não apareceu, talvez, por esta razão, também os pássaros estão arredios, nenhum deles se aproximou para o habitual bom dia e é claro, que me ressinto, mas fazer o quê, não é mesmo?

O céu está acinzentado, as folhas dos coqueiros absolutamente paradas, num stand by monótono e muito esquisito que não me agrada, afinal, gosto mesmo é de apreciar o sol ir dominando o seu espaço, aquecendo e iluminando a vida, agitando os pássaros e fazendo os perfumes se mesclarem, formando a mais deliciosa alquimia de aromas.

Todavia, como minha essência é de poeta, inverto a situação e projeto em mim, o sol que não enxergo, trago para bem próximo os pássaros que cantam ao longe e até, sou capaz de reconhecer o barulhento sabiá, bem próximo de meu ouvido, dizendo; eu te amo Regininha.

E aí, se sou capaz de trazer os meus agrados para bem juntinho, também sou capaz de bater as minhas asas, sem medo das chuvas que possam me surpreender e ir até você, com minhas frágeis asas de uma apenas borboleta, só para lhe desejar, um lindo começo de semana, onde o seu sol, estará sempre presente, mesmo que o tudo mais, esteja nublado.

Simples assim...



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