Neste amanhecer de quinta-feira, ao abrir a página do facebook, assisto a um vídeo sobre a extinta Rádio Tupinambá, postada pelo então, talentoso vizinho e amigo, Yulo Cezzar, assim como ao ler os comentários, observo a carinhosa lembrança de meu nome, através do sempre respeitado e querido Dr. Rafael Mendes que inestimáveis serviços na área psicológica, atendeu a população usuária do CAPS, durante cerca de oito anos e cujo valor, desde então, deixou uma profunda lacuna.
Realmente, assistir a retirada da antena, para mim e para todos que possam mensurar o valor de um meio de comunicação inserido numa cidade, principalmente, sendo única e trazendo consigo a dignidade da isenção dos fatos, afim de jamais escamotear faláciando para mais ou para menos a verdade dos mesmos, é uma dor muito profunda.
Durante seis anos, quatro horas por dia, honrosamente comandei o Show da Manhã e o Show da Tarde, num voluntariado apaixonante, onde certamente, só aprendi, só cresci e somente recebi a grandeza do mais puro reconhecimento, através de lindas criaturas, representantes autênticos da alma de Itaparica.
Portanto, quando a mesma fechou por total abandono daqueles que tudo podiam para mantê-la viva, atuante e agregando valores éticos e amorosos, morri um pouco com ela também, não sem antes, deixar também um pedacinho do meu imenso amor, respeito e gratidão aos meus fiéis ouvintes que até hoje, me honram com seus carinhos ao me encontrarem, seja lá aonde for.
Realmente, jamais um empresário e político, ofereceu tanto à nossa Itaparica, provavelmente por isso, ele seja tão respeitado, até mesmo, pelos seus possíveis opositores.
A retirada de uma antena de um órgão de tanta importância, é apenas, o símbolo da desconsideração, alienação, falta de senso de pertencimento e amor de todos aqueles que tendo o poder em suas mãos, não souberam valorizar a importância de oferecer voz, alegria e conhecimentos variados, as Conceições. Luizas, Adrianos, Piedades e centenas de outros que diariamente, com seus ouvidos coladinhos na Rádio Tupinambá, sentiram-se prestigiados e certamente, mais felizes.
Particularmente, sou grata ao amigo e mais que irmão, Claudio da Silva Neves, por ter permitido que eu e meu Roberto, vivenciássemos essa bendita experiência que com certeza, nos enriqueceu, nos integrou como legítimos adotivos filhos do amaor, desta bendita terra que abusadamente, chamo de minha.
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