sexta-feira, 7 de abril de 2023

EU QUERIA TANTO...

Acho graça, quando percebo ou ouço algumas pessoas me acharem apenas uma filósofa tola, que insiste em viver escrevendo diletantismos, fora da real.

Pois é, fazer o quê?

E aí, fico me perguntando até quando, a massa humana irá fugir do enfrentamento desta guerra urbana e suburbana que assola dia após dia o mundo?

Por aqui no nosso quintal tupiniquim, escondemos nossas consciências, cegamos nossos olhos, ensurdecemos para tudo que mata e faz doer de alguma forma, buscando nos BBBS, nos Shows, nas datas festivas, nos templos religiosos, nos partidarismos psicopáticos, consolos para as dores da inconsequência em aceitarmos o inadequado, banalizando as desgraças, crendo na fé e na esperança de que não nos atingirá, pelo menos, não de forma visível, mas e nos recôncavos de nossas mentes e emoções, como verdadeiramente nos sentimos, como estamos e qual o tamanho dos esforços que precisamos fazer ao carregarmos as pesadas máscaras do conformismo?


Nada é por acaso, tudo é resultado de ações e intenções individuais que no somatório se tornam coletivas, geradoras de todas as benécias e mazelas possíveis de serem observadas e vivenciadas, nem que seja por tabela, nos cotidianos de qualquer recanto de nosso bendito país.

Eu queria tanto, acreditar nas baboseiras televisivas, nas mentiras dos políticos, na isenção da justiça, no aparelhamento das policias, nas intenções religiosas, mas fazer o quê, se penso e sou totalmente capaz de mesmo míope, de enxergar a feiura de uma guerra interminável e cada vez mais cruel, fazendo contínuos holocaustos, promovidos pela estupidez humana e mantida pela alienação de quem aprendeu a somente sentir medo. 

POLÍCIA FUZILANDO POLÌCIAL EM SURTO -Exemplo mais que explicito de uma guerra sem limites, onde matar é sempre a decisão primeira e última.

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