Estou tentando separar um tema para escrever dentre tantos que pululam em minha mente, como resultado de uma vivência longa e atenta. No entanto, não é bem assim que funciona quando escrevo por diletantismo, afinal, escrita não profissional, precisa ser amorosamente espontânea para ser autêntica e convincente.
Percebo a cada dia, mais e mais a falta da bendita paciência, tolerância, empatia.
Sempre falta tempo disponível para ser dedicado ao convívio do cada instante, me parecendo uma pressa irracional aos moldes de uma modalidade repaginada da fuga disto ou daquilo, estampada nas mídias progressistas.
Também, observo que as reações mais naturais de um ser humano, como temores, cansaços, desgastes de mil naturezas e que disparam a ansiedade, logo são encarados como algum distúrbio emocional, como se fosse uma grande surpresa que as pessoas não estivessem a um passo do limite do desequilíbrio.
O sistema tem exigido absurdamente que cada pessoa seja um super herói, guardando em si toda a força e poder de resistência e sem mostrar qualquer traço da complexa humanidade.
Percebo que vivemos no fio da navalha e que por qualquer deslise, seremos degolados, assim como exibimos um modernismo a cada instante, desde que seja em relação ao outro.
Muita violência...
E ela, se apresenta em diferentes estágios e configurações, estando presente em todos os lugares, margeando situações como ameaças reais que podem a qualquer instante nos atingir, desde que contrariemos as regras do jogo sistêmico, impingidos por motivos relacionados a política e a globalização de todos os temas relacionados a vida em sociedade, nos colocando numa roda ininterrupta que nos impede de verdadeiramente raciocinar o que nos convém, afinal, o que os outros vão pensar?
Preciso estar antenada nos contínuos movimentos que se apresentam, mostrando-me entendedora de tudo e ao mesmo tempo, perdendo a lógica do meu próprio direito de sentir, seja lá o que for, sem que alguém me sugira um ansiolítico ou me segregue, como solução para as minhas mais naturais reações emocionais.
Concluo que vivemos, segundo as regras de um jogo supostamente ideal, para ter que aprender a camuflar frustrações, medos, cansaços e até mesmo um simples saco cheio seja lado do que for, tal qual, fazemos para disfarçar a passagem do tempo, pintando os cabelos, tomando as azulzinhas, para não perdermos as performances ou contando lorotas e levantando bandeiras esdrúxulas, só para que pensem que somos os tais e estamos antenados na evolução dos costumes.
Que coisa, viu!!!
E aí, por qualquer mínimo probleminha, eu te ofendo, te desconsidero e até te mato.
Por isso, comecei a escrever este texto, deixando-te totalmente livre para sequer curti-lo, fingindo que o leu, pois, respeito o teu gosto pelos textos pequenos e até mesmo pelas figurinhas.
Afinal, as pessoas são diferentes, com preferencias pessoais e é preciso saber conviver com o diferente e até mesmo com o contrário, sem que para isso tenhamos que tomar ou indicar ao outro que tome um “sossega leão” farmacológico, afim de que não mate ou não morra, nem que seja de tédio, por um sistema hipócrita que está nos transformando em robôs monitorados.
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