E quem disse que há sempre um jeitinho para tudo se resolver?
Neste caso, penso que até é possível se no “jeitinho” couber a resiliência diante do não conseguido.
Sim, porque nem tudo se resolve conforme as nossas pretensões e é preciso estar preparado para enfrentar o momento da perda ou do não conseguido.
Mas quem, verdadeiramente pensa nisto?
É vida que segue e o jeitinho mais rápido que encontramos é justamente engolir em seco a decepção e seguir, seguindo, pois, a vida não para e a fila anda, nos mostrando alternativas, aí sim, um jeitinho amoroso que o nosso senso de sobrevivência nos oferece nos momentos mais cruciais e até mesmo, dolorosos de nossas vidas.
Viver realmente é uma tarefa árdua, pois, quando não nos falta o material, flagelamo-nos no emocional, como se um, não pudesse conviver com o outro e nos levando a permanecer por todo o tempo em estado de falência em busca de compensações.
Penso então, neste amanhecer fresquinho de outono que a nossa racionalidade em quase nada nos beneficiou, pois, de uma forma ou de outra, estamos sempre duelando seja com o sistema social ou com o nosso próprio, ambos geralmente desconectados da fantástica vida que na grandeza de todo o seu incomensurável potencial, se mostra linda, simples e descomplicada a cada amanhecer, suavizando por todo o tempo com as suas diversidades, as opções, os ensinamentos e os mimos dos quais dispõe e que nós, insistimos em desconsiderar, agarrados por todo o tempo ao nosso eu, idiotizado.
Viver bem, realmente não é tarefa para os estatizados, distraídos ou levianos...
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