O dia de domingo amanheceu sem chuvas pelo menos até o momento, por isso a cantoria está correndo solta no jardim e eu, como sempre ouvindo-a e inspirando-me nela para dedilhar as mensagens de minha alma.
Hoje, particularmente acordei pensando no tempo e inevitavelmente lembrei-me de umas estrofes que meu irreverente pai, recitava para mim, desde quando por algum motivo, ainda na infância, perguntei a ele o que era o tempo.
“O tempo perguntou ao tempo
Que tempo, o tempo tem
O tempo respondeu ao tempo
Que tanto tempo tem o tempo
Quanto o tempo tem”.
E aí, minha cabecinha já naquele tempo esquisita, não entendeu nada, mas logo gravou e nunca esqueceu e também por algum motivo que confesso não me lembro, passei a prestar atenção no tempo, fazendo dele um aliado fiel e não permitindo que por motivo algum, tirasse de mim o prazer, fosse lá do que fosse.
Também não debitei a ele em momento algum, culpas por isto ou aquilo não ter sido concluído, pelos meus atrasos e preguiças, assim como jamais o usei como desculpas para fugir de algo ou alguém.
Fiz do tempo meu parceiro e por mais que eu trabalhe, sempre sobra tempo para os meus prazeres, no que se inclui, não fazer absolutamente nada, além de voar com as minhas borboletas, ouvir o canto do meu sabiá, imaginando-me um beija-flor amando e sendo amada, num mundo e com um tempo que é só meu.
BOM DIA!
Que neste domingo de quase fim do outono, o tempo lhe favoreça, permitindo-lhe um momento de puro prazer, onde o palpável e o lúdico, se tornem reais na mais pura alegria de se sentir feliz.
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