Amanheci, nem assim tão cedo e logo comecei a ouvir o violão de Paulinho Nogueira que é simplesmente espetacular e neste colóquio delicioso comecei este sábado, sendo brindada pela luminosidade de um novo dia, mesmo chuvoso e friorento, mas ontem, foi assim também e depois, abriu um lindo sol que até me animou a dar uns bordejos pela orla de Itaparica que como sempre estava linda.
Fiz umas comprinhas no mercado do peixe, revi pessoas queridas, tomei uma long neck escondidinha da fiscalização, porque afinal, sou filha de Deus e para não perder o hábito da contravenção que no fundo, cá para nós, todos adoramos vez por outra, dela se valer.
Sou de verdade uma sonhadora incorrigível ao ponto dos mais chegados como minha filha, inúmeras vezes ao dia, perguntar:
Que olhar é este? O que você tá pensando? Viajou para onde?
Não é assim tão difícil descobrir quando eu saio para os meus voos mentais, pois, meus olhos brilham e sem querer um leve e safado sorriso pode ser notado e aí, não posso sequer negar mais uma ilação desta minha mente inquieta e terrivelmente apaixonada que se recusa de verdade a se inserir por completo neste sistema que geralmente é repetitivo e morfético.
Cruz credo Regina que raio de adjetivo é este?
Pois é, quando entro no estágio Alfa por segundos que seja, tenho a impressão de emergir das águas cristalinas de meu riacho de Guapimirim ou das águas tranquilas de minha Ponta de Areia, que além de tudo, são mornas e posso sentir sob o sol delicioso, as infinitas gotículas que teimosas brilham em meu corpo, dando-me a impressão que as trouxe coladas em mim, numa sensação sempre inusitada.
Que neste sábado onde ainda vivemos tantas restrições, possamos deixar que nossas mentes por instantes se sintam livres e transgridam, fazendo-nos sorrir, mesmo que discretamente.
Porque minha gente, sonhar aprontando loucas sensações que fogem do cotidiano é bom demais e se sentir abraçando a vida é melhor ainda, pois estimula o tesão e o gozo é absolutamente certo.
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