São sete horas desta manhã desta sexta-feira ensolarada e pós carnavalesca que, graças a Deus, com o meu paraíso um pouco mais meu, sem tantas interferências coloridas e músicas (desculpem, pois sou avessa à carnaval, além de muito ciumenta deste pedacinho de céu chamado Itaparica).
Pois é...
Só agora escrevo meu texto, mas desde cedinho estou ativa nas postagens, buscando coragem para escrever o que me inspirou tão logo, acordei, já que me imaginei palestrando especificamente sobre eu, mulher esquisita da terceira idade, podendo incluir os comentários que certamente aconteceriam, já que o “etarismo” por mais disfarçado que se mostre, ainda é devastador em todos os seus aspectos, constatados em qualquer cotidiano das conivências, afinal, isso ou aquilo, não fica bem de ser vestido, falado, escrito e muito menos vivido, depois de certa idade.
Que coisa, viu!!!
Como em todos os anos, no mês de março em que se comemora o mês da mulher, escrevo sobre as relações delas com os maravilhosos homens, partindo sempre de minhas experiencias e das incríveis referências que acumulei ao longo da vida.
Acordei pensando naquelas mulheres que jamais sentiram um orgasmo, mas anda assim, fingem senti-lo para agradar ao parceiro, para logo em seguida, colocar mais uma decepção na sacola das frustrações, cujo peso a impulsionará com o tempo a largar o saco encostando-o em uma das paredes de seu malfadado destino ou, buscando outro ou (s) como consolo, o que não necessariamente evita rugas, mal humor continuado, assim como perversamente crítica, quando encontra diante de si, uma “bem amada”, o que a classifica logo à primeira vista como “mulher mal amada”.
Você não conhece pelo menos uma?
Então, vamos lá para a origem desta falha mecânica atribuída em sua maioria ao desempenho do homem, o que não o descarta totalmente da responsabilidade da “transa meia boca”, no entanto, como esperar que outra pessoa, conheça e reconheça seu corpo e suas reações aos muitos toques existentes em uma relação amorosa?
Portanto, a falha principal é de planejamento, afinal, como adentrar em um projeto sem ele?
Conhecer o próprio corpo e suas áreas de prazer é um primeiro e fundamental passo, afim de que se possa, até mesmo, direcionar o parceiro nesta jornada deliciosa do sexo.
Vamos lá, mulherada que se diz moderna e liberada, apalpe-se, sinta-se, ame-se alucinadamente e aí, com treino, constância e determinação e se necessário com algum dos milhares de brinquedinhos eróticos, provavelmente pare de depender do homem para sentir prazer e passe a achar que transar ou fazer amor com um homem, seja uma viagem aos céus, capaz de tudo renovar, principalmente o tesão, inclusive pelo fato de nunca ter tido outro homem para comparar.
Afinal, se com ele e bom demais, porque, haveria de variar?
Regina Carvalho-7.3.2025 Itaparica
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