...mas em todas as ocasiões em que preciso tomar uma decisão, aguento o rojão com cara de paisagem, mas depois do caso passado, o primeiro cérebro (mente, alma e espírito), entra no estado pausa e geralmente, adormece, provocando um profundo relaxamento, enquanto o segundo cérebro (intestino com apoio da bexiga), começa um processo muito abrangente e se prepara para uma limpeza geral, reunindo para eliminar criteriosamente, todas as bactérias não necessárias e assim, não deixando nada infeccionar, restaurando por completo a Regininha.
Foi assim a vida inteira...
Coisa de louco!!!
Acredito como espiritualista convicta, que toda criatura humana precisa atravessar suas próprias fronteiras, descobrindo passo a passo o seu sentido existencial, portanto, mesmo adorando o repouso que, finalmente pensei ter encontrado neste meu paraíso, vejo-me novamente tendo de escolher ir ou ficar e aí, convenço-me em definitivo de que meu destino sempre foi o de recomeçar seja lá, o que e onde for, já que para mim, a vida não reservou nenhum modo acomodação, afinal, sou uma andarilha escrevinhadora, conhecendo in loco as almas humanas.
Então, mesmo conhecedora desta realidade, impossível não questionar; até quando?
Até quando, precisarei remover pedras, preparar terreno, armar estruturas, levantar castelos e depois, simplesmente fechar portas e seguir em frente, num recomeço interminável?
Ainda bem que aprendi por pura intuição a não olhar para traz e muito menos, carregar comigo qualquer vestígio melancólico de saudosismo pelo que ficou optando em olhar a diante, sempre pronta para um recomeço, até porquê, o surpreendente novo, sempre foi extremamente generoso ao me receber, dando-me a sensação palpável de que já me aguardava com as devidas pompas, repletas de emoções.
“Começar de novo e contar comigo, vai valer a pena ter amanhecido” ... ( Ivan Lins)
Regina Carvalho- 02.3.2025 Itaparica
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