...aperfeiçoando, modernizando, enfim, evoluindo e assim, a humanidade segue o fluxo do caudaloso rio sistêmico que simplesmente, não para, serpenteando ininterruptamente, esteja volumoso, poluído ou quase seco, nas entranhas do progresso.
E aí, como ficamos em meio a este turbilhão de novidades, necessidades, carências, ambições, perdas, medos, frustrações, solidões e tantas outras alternâncias emocionais?
Que respondam os laboratórios farmacêuticos, os consultórios médicos, a violência, a desagregação social e todo esse “Inferno de Dante” que como um fio de navalha afiada, pronta se encontra para entrar em ação como solução primeira e última, seja aonde for.
Paliativos tem sido oferecido, mas as soluções nunca são alcançadas, porque, afinal, disfarçar os desesperos emocionais com pílulas e diagnósticos, com certeza, controlam reações danosas, mas jamais eliminam as causas.
O que fazer, a quem recorrer tem sido o grande dilema da atualidade, afinal, são tantas as opções, tantas soluções mágicas, muitas vezes, expondo a já fragilidade do lógico à perigosos e atrativos desvios, surgidos do nada e que geralmente, não levam a lugar algum.
Não há mais saída, esgotaram-se as possibilidades de salvação, então, no auge do mais aflitivo desespero, surgem as figuras religiosas, trazendo consigo Deus como abre-alas e a ele, como cordeiros obedientes, seguimos caminho, fazendo dele, não um companheiro afetivo, conselheiro ponderador, guia seguro, mas um líder absoluto que inspira temor, salvador imediatista que se não resolve as causas, com certeza, oferece as gotas milagrosas do conformismo, sem abrir, na maioria dos casos, real espaço na criatura para verdadeiramente se revelar e então, produzir o bendito milagre da renovação pessoal, nem que seja, trazendo a conscientização de que só ela, será capaz de controlar as próprias ações e reações, que afinal, muda tudo, pois, a liberta de tudo quanto, fere e faz doer.
E pensar que ao observar atentamente a natureza, através das estações, aprende-se passo a passo a mais absoluta lógica da condução pessoal na vida.
Regina Carvalho-30.3.2025 Itaparica
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